Com 49 votos, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi reeleito presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, nesta segunda-feira (1⁰). O bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN) obteve 32 votos. O terceiro candidato da disputa, Eduardo Girão (Podemos-CE), desistiu de concorrer em favor de Marinho pouco antes do início da eleição.
O parlamentar comandará a Casa pelos próximos dois anos. Pacheco, que recebeu 8 votos a mais do mínimo necessário para se eleger. A votação foi presencial e secreta, por meio de cédulas em papel rubricadas duas vezes. As cédulas serão destruídas em seguida, como manda o Regimento Interno do Senado.
Após ser reeleito à Presidência do Senado, Rodrigo Pacheco assumiu imediatamente os trabalhos da Mesa. No início de sua fala, ele agradeceu a confiança dos colegas e se disse honrado e desafiado com a missão de, mais uma vez, chefiar o Senado e o Congresso Nacional.
Em seu discurso de vitória, Pacheco enfatizou que é preciso erradicar a “polarização tóxica” no país, em prol da pacificação.
“Pacificação não significa se calar diante de atos golpistas. Pacificação é buscar cooperação. Pacificação é lutar pela verdade. Pacificação é abandonar o discurso de nós contra eles e entender que o Brasil é imenso e diverso, mas é um só. O Brasil é um só”, afirmou ele, acrescentando que, “para isso, a polarização tóxica precisa ser erradicada de nosso país”.
De acordo com Pacheco, os atos golpistas de 8 de janeiro realizados no Congresso Nacional e na Praça dos Três Poderes “não podem, e não vão, se repetir”.
Além disso, ele ressaltou que “os brasileiros precisam voltar a divergir civilizadamente, reconhecer com absoluta sobriedade quando derrotados e precisam respeitar a autoridade das instituições públicas”.
“Só há ordem se assim o fizerem. Só há patriotismo se assim o fizerem. Só há humanidade se assim o fizerem”, argumentou ele, concluindo que “a democracia está de pé pelo trabalho de quem se dispõe ao diálogo, não ao confronto”.
Mais cedo, Pacheco já havia dito que o Senado não foi “negacionista” durante a pandemia de Covid-19, lembrando que aprovou medidas para garantir a vacinação dos brasileiros, além de ter defendido a responsabilidade fiscal e a “independência devida” em relação ao Poder Executivo.