O Rio Grande do Sul registrou, durante o fim de semana da virada entre 2022 e 2023 ao menos sete mortes por afogamento. A maior parte das vítimas tomava banho em águas internas.
O primeiro caso foi a morte de um homem, de 62 anos, ocorrida em Itati, no Litoral Norte, na tarde de sábado (31). A vítima era moradora de Caxias do Sul, fazia um passeio com amigos e estava nadando no rio Três Forquilhas quando foi arrastado pela correnteza. Bombeiros foram chamados, mas o homem já foi encontrado sem vida no início da noite de sábado.
Ainda no sábado, um jovem morreu afogado na praia de Nova Tramandaí, em Tramandaí, no Litoral Norte. Bruno Henrique da Silva Correa Lescano, 22 anos, entrou no mar entre as guaritas 159 e 160 para salvar um amigo que entrou na água embriagado, de acordo com o CBMRS (Corpo de Bombeiros Militar) do Rio Grande do Sul. O local onde ocorreu o afogamento estava fora do local delimitado para banho. A vítima foi encontrada, já sem vida, por volta das 23h30 da noite perto da guarita 162. O amigo dele foi salvo a tempo pelos guarda-vidas.
No domingo (1º), um homem se afogou e morreu no rio Uruguai, em São Borja. Gilmar Miranda de Oliveira, 31 anos, entrou no rio para nadar. No entanto, ele acabou se afogando. O corpo da vítima, que era natural de São Luiz Gonzaga, foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros por volta das 14h.
No início da tarde, Josiane de Melo Teixeira, de 14 nos, morreu afogada no balneário do Migueilão, em São Sepé, na região Central do RS. O afogamento ocorreu por volta das 13h da tarde de domingo. A adolescente chegou a receber os primeiros-socorros de paramédicos do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não resistiu e morreu.
Ainda na tarde de domingo, foi registrada mais uma morte de afogamento em água doce. Vinicius da Silva Medeiros, de 32 anos, se afogou enquanto tomava banho na Lagoa dos Patos, em Arambaré. Ele teria sido puxado pela correnteza e se afogado. Quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local, Medeiros já estava sem vida.
Nesta segunda-feira (2), foi encontrado o corpo de uma vítima de afogamento ocorrido no domingo. Adrovani Guedes, de 27 anos, se afogou no rio Jacuí, no interior de Pinhal Grande. A vítima e um adolescente de 17 anos estavam tomando banho de rio quando se afogaram. O jovem foi removido da água, mas Guedes submergiu. O corpo dele foi encontrado por volta das 9h da manhã.
No rio Ijuí, um jovem de 17 anos morreu após se afogar. Rodrigo Miguel Schutz estava acompanhado de familiares no rio, desapareceu na tarde de domingo (1º) em Roque Gonzales. Segundo os bombeiros, o jovem não sabia nadar e ao se distanciar da margem, ele teria caído em um de buraco com cerca de 4 metros de profundidade.
Banhistas devem ficar atentos ao tomar banho de rio
No calorão que faz no Rio Grande do Sul, se refrescar em um rio é sempre uma “boa” opção. Mas é necessário extremo cuidado. Rios e lagoas podem ter vários perigos escondidos. Uma das primeiras coisas a se fazer ao tomar banho de rio é observar o nível da água, a força da correnteza e – principalmente – não se arriscar.
O maior risco é a combinação água (de rio ou de mar) e bebida alcoólica. É totalmente desaconselhado que pessoas que tenham bebido – independente da quantidade – entrem em rios e lagoas (e no mar), por causa da perda de consciência situacional.
Também é desaconselhado entrar na água logo após as refeições. É recomendada alimentação leve para que o banhista não tenha uma congestão ou perda de equilíbrio. Não se afaste da margem.
Outro risco é, quando ocorre um afogamento de tentar socorrer a vítima, indo até o local onde ela está. Isso é totalmente desaconselhado, pois quem entra na água corre o risco de se afogar também. Alternativas são jogar flutuadores, coletes salva-vidas ou cordas para ajudar a trazer a pessoa até um ponto seguro. Se o local tiver guarda-vidas, acione imediatamente.