O principal foco de incêndio que atinge a Estação Ecológica do Taim foi controlado nesta sexta-feira (17) após cinco dias de trabalho de brigadistas. A estimativa é que entre 5 a 6 mil hectares de vegetação tenham sido destruídas, tornando este o maior incêndio na região desde o registrado no verão de 2013. No entanto, o trabalho não deverá ser encerrado, pois os agentes ainda buscam conter focos menores e precisam ficar de prontidão caso novos pontos de chamas sejam detectados.
Por ser uma área de banhado, o fogo foi combatido pelos flancos, impedindo que ele se espalhasse por mais pontos da Estação Ecológica. São 60 bombeiros militares no local, com o apoio de duas aeronaves, da Brigada Militar e Polícia Civil. Eles se somaram ontem aos 12 brigadistas do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Sete atuam na Estação Ecológica do Taim e outros cinco são da Floresta Nacional de Passo Fundo.
O terreno de difícil acesso dificulta o combate, demandando grandes esforços para chegar próximo ao local do fogo. Mesmo com as dificuldades, as equipes conseguiram extinguir uma linha de fogo de 1 km, preservando uma área significativa de banhado. Os brigadistas estão usando abafadores para impedir a propagação das chamas. Os dois helicópteros ajudam, jogando água sobre os principais focos.
O monitoramento de área atingida pelo fogo é de responsabilidade do ICMBio, que realiza o mesmo através de imagens de satélites. Nos últimos dois dias, com a grande quantidade de nuvens atrapalhando a captação precisa de imagens, não foi possível confirmar precisamente novos números. A área atingida pelo incêndio é estimada em mais de 5 mil hectares.