A estação mais esperada do ano está prestes a chegar. O verão no Brasil só começa de fato a partir do dia 21 de dezembro, entretanto a recomendação dos dermatologistas é que os cuidados com a pele devem ser feitos o ano inteiro.
Nesta época do ano é comum o surgimento de manchas, desenvolvimento de aspectos do envelhecimento precoce e até câncer de pele (a longo prazo), que são potencializados pela exposição solar em excesso.
Uma doença que chega a atingir 35% das mulheres brasileiras conforme a pesquisa realizada pela Unesp (Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista), é o melasma, que tende a se intensificar nessa estação do ano.
O que é melasma?
Trata-se de uma hiperpigmentação, provocada pela concentração de melanina, pigmento responsável pela cor da pele. Em outras palavras, é uma condição que se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras na pele, mais comumente na face, mas também pode ser nos braços e colo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologista, não existe uma causa definida para o melasma, mas a condição está relacionada, na maioria das vezes, a fatores como: alterações hormonais, gravidez, uso de anticoncepcionais, fatores genéticos, e o principal, à exposição ao sol e ao calor.
Embora o melasma aconteça com mais frequência em pessoas do sexo feminino, ele também pode ser visto em homens.
“A exposição à luz ultravioleta estimula o aparecimento das manchas, mesmo que não tenha sido exposto a região afetada pela doença, como por exemplo o rosto. Porque a exposição ao sol leva o estimulo de dois hormônios que são o MSH e o ACTH, esses hormônios agem no nosso melanócito, que é a célula que produz cor e ela vai produzir mais pigmento, consequentemente piorando o melasma”, explica a dermatologista Fátima Tubini.
Tratamento contra o melasma
A dermatologista explica que o melasma não possui uma cura conhecida, mas os tratamentos atuais já conseguem mitigar com a aparência das manchas.
Os tratamentos variam, mas sempre compreendem orientações de proteção contra raios ultravioleta, que deve ser redobrada quando se inicia o tratamento.
As terapias disponíveis são o uso de medicamentos tópicos e procedimentos para clareamento. Dentre os procedimentos mais realizados estão os peelings, aplicações de microagulhamento, fotoprotetores orais, e lasers.
“Evite a exposição excessiva à luz solar e outras fontes de calor, utilize sempre protetor solar indicado para o seu tipo de pele e aposte em barreiras físicas como: chapéus, bonés, óculos de sol e roupas com fator de proteção”, ressaltou Fátima.
Contudo, a especialista afirma que é importante consultar um dermatologista para a realização de um diagnóstico correto.