Dois vereadores de Porto Alegre discutiram e trocaram agressões na tarde desta sexta-feira (21), no Centro Histórico de Porto Alegre. A confusão começou após a distribuição de material de campanha que seria apócrifo – ou seja, sem identificação de autoria, o que configura, em tese, propaganda eleitoral irregular. Os dois foram até a Polícia Civil para registro de ocorrência.
Vídeos gravados por pessoas que estavam no Centro de Porto Alegre mostram os vereadores Alexandre Bobadra (PL) discutindo com Leonel Radde (PT). A confusão ocorreu entre o Largo Glênio Peres e a Praça XV de Novembro.
Em um dos vídeos, Radde diz que a distribuição dos panfletos é “errada” e que configuraria crime eleitoral. No vídeo, Bobadra sobe o tom de voz com o colega de Câmara e questiona por qual motivo foram “pegar o meu material” para depois admitir, ao ser questionado por Radde, que era “nosso material”. Um homem, que não aparece no vídeo, fala alto “crime eleitoral, crime eleitoral”.
Radde diz que vai levar o caso para a Comissão de Ética, possivelmente a da Câmara de Vereadores. Bobadra retruca, dizendo que está “aqui na rua” e questiona “o que tu quer provocando” a Radde. Os dois passam a se “encarar”, um perguntando ao outro “tu vai fazer o quê”.
Momentos depois, o vereador do PT começa a deixar o local e é seguido por Bobadra. Os ânimos terminam de se exaltar e as agressões começam. No vídeo, é possível ver o vereador do PL puxando o braço de Radde. Outras pessoas tentam intervir e há uma série de agressões, que não são gravadas em sua integralidade. Momentos depois, uma viatura da Brigada Militar chega e os vereadores são separados.
O que dizem os vereadores
A reportagem não conseguiu falar com as assessorias dos vereadores.
À RBS TV, o vereador Alexandr Bobadra disse que foi agredido por apoiadores de Radde. Afirmou que levou uma cadeirada na cabeça e que sofreu lesões na cabeça e no pescoço. Ele registrou um boletim de ocorrência e, depois, foi até o HPS.
Em vídeos postados nas redes sociais, o vereador Leonel Radde disse que Bobadra tentou intimidá-lo. “Eu tava indo embora, tava me retirando porque já tinha chegado a Brigada Militar, o pessoal da campanha estava ali e, nesse momento, ele me bloqueou a saída. Tentou quebrar meu braço, segurou meu pulso e disse ‘vem comigo, vem comigo'”, afirmou Radde. “Quando consegui me desvencilhar, ele [Bobadra] me desferiu três socos, me levou pro chão, começou a me chutar no chão. E nesse momento, transeuntes intervieram e me defenderam”, justificou.