Uma ação conjunta entre policiais civis de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul apreendeu um arsenal pertencente a facção criminosa atuante na região metropolitana de Porto Alegre. Ao todo, nove pessoas foram presas na ação, realizada pela DIC (Divisão de Investigações Criminais) de São Joaquim e a 2ª DIN (Delegacia de Investigação do Narcotráfico), do DENARC (Departamento Estadual de Investigação do Narcotráfico).
Conforme o delegado Jackson Pessoa, de São Joaquim (SC), a investigação começou para investigar uma quadrilha que aplicava o “golpe dos nudes”. O objetivo inicial era apurar a autoria dos fatos e bloquear bens para ressarcimento as vítimas. Com base na investigação, foram expedidos 10 mandados de prisão, 18 mandados de busca domiciliar, além das ordens de bloqueio de bens dos investigados.
Ao mesmo tempo, a delegacia gaúcha desenvolvia investigação iniciada quando da eclosão de guerra entre facções na Capital. De acordo com o Delegado Wagner Dalcin, o principal alvo da investigação havia sido preso em flagrante em junho, em Cachoerinha, porte ilegal de arma de fogo. Três meses depois, ele foi capturado de novo, dessa vez em Florianópolis (SC), após após expedição de mandados de prisão e de busca domiciliar onde ele estava morando.
Como o principal investigado estava em território catarinense, os policiais gaúchos e de SC começaram a trocar informações. Os policiais conseguiram identificar mais integrantes da quadrilha, todos participantes no esquema do “golpe dos nudes”.
Na manhã de hoje, 56 policiais gaúchos e catarinenses foram mobilizados para o cumprimento das ordens judiciais, sendo presas nove pessoas. Um dos investigados foi preso em um condomínio de Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre, que era utilizado como depósito de armas e drogas.
No local foram encontrados 12 tijolos de crack, três tijolos de cocaína e três tijolos de maconha, quatro fuzis de calibre restrito às forças policiais, três espingardas calibre 12, três pistolas 9mm, além de mais de 500 munições de diversos calibres e de dezenas de carregadores para as armas.
A Polícia Civil acredita que a ação tenha causado prejuízo de R$ 500 mil à facção criminosa. As quadrilhas têm utilizado parte do lucro obtido com os golpes para financiar o tráfico de armas e de drogas.