A menos de um mês das eleições presidenciais de outubro, um apoiador do presidente Jair Bolsonaro matou um eleitor do petista Luiz Inácio Lula da Silva durante uma briga política em Confresa, no Mato Grosso, na última quinta-feira (8).
O suspeito foi identificado como Rafael Silva de Oliveira, 24 anos, e foi detido sob acusação de homicídio agravado por crime cometido por ódio político.
De acordo com o jornal “O Globo”, o criminoso confessou ter assassinado Benedito Cardoso dos Santos, 44, com facadas no rosto depois de receber um soco em meio à uma discussão por divergências políticas.
Uma reconstituição policial aponta que a vítima petista recebeu golpes no olho, na testa e no pescoço. Oliveira, que era colega de trabalho de Santos, ainda teria tentado decapitar o apoiador de Lula com um machado.
O bolsonarista tentou fugir, mas foi detido pela polícia com um corte na mão. O juiz Carlos Eduardo Pinho Becera de Menezes converteu sua prisão em preventiva e ressaltou que “num Estado Democrático de Direito, o pluralismo político é um dos princípios fundamentais”, e que “não é permitida a intolerância, sob pena de retrocesso a tempos de barbárie”.
“A liberdade de manifestação do pensamento, seja ela político-partidária, religiosa, ou outra, é uma garantia fundamental irrenunciável”, apontou o magistrado.
Nos últimos meses, diversos episódios de brigas políticas têm ocorrido com certa frequência à medida que o pleito se aproxima.
O presidente, inclusive, já deu declarações polêmicas, afirmando que o Brasil precisa de uma “limpeza” dos petistas, além de falar que é necessário “fuzilar a petralhada”.
Em julho, o guarda municipal Marcelo Arruda foi morto pelo policial Jorge Guaranho durante sua festa de aniversário, cujo tema homenageava o PT, em Foz do Iguaçu