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Liz Truss será nova primeira-ministra do Reino Unido

Após ter ficado em segundo lugar nas votações preliminares entre os deputados "tories", Truss superou seu adversário Rishi Sunak, ex-secretário do Tesouro.

Liz Truss, nova primeira-ministra do Reino Unido: Foto: reprodução de TV

A secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, de 47 anos, venceu a disputa pela liderança do Partido Conservador e será a nova premiê do país.

Após ter ficado em segundo lugar nas votações preliminares entre os deputados “tories”, Truss superou seu adversário Rishi Sunak, ex-secretário do Tesouro, no sufrágio entre os filiados da legenda por 81.326 votos a 60.399.

O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (5) pelo líder conservador na Câmara dos Comuns, Graham Brady, que disse que 82,6% das pessoas com direito a voto participaram.

Truss assumirá o governo formalmente nesta terça-feira (6), sucedendo seu correligionário Boris Johnson, forçado a renunciar devido a uma série de escândalos em seu gabinete.

Ela será a terceira mulher a ocupar o cargo de premiê do Reino Unido, seguindo os passos de Margaret Thatcher (1979-1990) e Theresa May (2016-2019), ambas conservadoras.

Em seu primeiro discurso após a vitória, Truss agradeceu ao Partido Conservador por ter “organizado uma das entrevistas de emprego mais longas na história” – o processo de sucessão foi deflagrado em 13 de julho – e a Johnson por ter implantado o Brexit e se colocado contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Além disso, prometeu realizar um “ousado plano” de corte de impostos para impulsionar a economia britânica. “Vamos entregar, vamos entregar, vamos entregar”, garantiu Truss, que governará ao menos até as eleições legislativas de 2024.

Admiradora de Thatcher, a nova líder conservadora provém de uma família trabalhista de Oxford e já ocupou diversos postos ministeriais nos governos de David Cameron, Theresa May e Boris Johnson, chefiando a diplomacia britânica desde setembro de 2021.

Nos últimos anos, ganhou destaque por fechar os primeiros acordos comerciais do Reino Unido pós-Brexit, com Austrália e Japão, embora tenha defendido a permanência na União Europeia no plebiscito de 2016.