O coração de Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, ou simplesmente, D. Pedro I (1798-1834), já se encontra em solo brasileiro.
Emprestado pelo governo português para ser exposto durante a comemoração dos 200 anos da Independência do Brasil, o órgão do primeiro imperador brasileiro foi trazido de Portugal a bordo de um jato executivo da FAB (Força Aérea Brasileira) que pousou em Natal na manhã desta segunda-feira (22).
Da capital potiguar, a aeronave seguiu para Brasília, onde o coração permanecerá até o dia 8 de setembro, quando será devolvido à Irmandade de Nossa Senhora da Lapa, em cuja igreja, na cidade portuguesa do Porto, está guardada há quase 200 anos.
“É de grande significado que o país receba o coração do seu libertador. É uma relíquia que ficará exposta, com visitação pública, no Palácio do Itamaraty, de 23 de agosto a 8 de setembro”, declarou o ministro das Relações Exteriores, Carlos França.
“Será um elemento catalisador muito relevante para as celebrações do bicentenário da Independência do Brasil”, acrescentou o chanceler na ocasião.
O governo brasileiro já anunciou que, em respeito à memória de Pedro I, tratará a presença do coração do antigo monarca com as mesmas honras de Estado dispensadas a chefes de outras nações em visita ao país.
Na terça-feira (23), o órgão será levado ao Palácio do Planalto, onde está prevista uma cerimônia com a presença do presidente Jair Bolsonaro.
No Itamaraty, o órgão de cerca de 9 quilos será exposto no interior de uma cápsula de vidro, guardada em uma sala climatizada especialmente preparada para a ocasião e sob a vigilância da Polícia Federal.
No dia 7 de setembro, data da independência do Brasil, o coração estará em um evento, ao lado de outros chefes de Estado convidados.