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Pesquisa sobre fósseis encontrados em Dom Pedrito recebe destaque internacional

A pesquisa sobre os fósseis de Dom Pedrito recebeu destaque na imprensa nacional e internacional.

Um estudo chamou a atenção por encontrar, 70 anos depois, mais de 100 fósseis em um sítio paleontológico que estava perdido desde 1951 em Dom Pedrito, na Região da Campanha do Rio Grande do Sul.

A pesquisa foi recentemente publicada por pesquisadores da Unipampa (Universidade Federal do Pampa), da Ufrgs (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), da Univates (Universidade do Vale do Taquari) e do Laboratório de Paleobiologia da Antártica e Patagônia do Inach (Instituto Antártico Chileno).

A pesquisa recebeu destaque na imprensa nacional e internacional, incluindo a National Geographic. Nas diferentes edições da Nat Geo, a matéria foi publicada em francês, chinês e indonésio, por exemplo.

Os estudos relacionados à descoberta são desenvolvidos utilizando parte da estrutura do Laboratório de Paleobotânica e Evolução de Biomas do Museu de Ciências da Univates. O sítio fossilífero Cerro Chato é hoje objeto da pesquisa da mestranda Joseane Salau Ferraz na Unipampa.

Além de Joseane, a pesquisa tem envolvimento do professor doutor André Jasper, pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD) da Univates e coordenador do Laboratório de Paleobotânica; da doutora pelo PPGAD Joseline Manfroi; do pesquisador da Unipampa Felipe Pinheiro, orientador de Joseane; de Karine Pohlmann Bulsing, do Laboratório de Paleobiologia da Antártica e Patagônia do Inach; e da pesquisadora Margot Guerra-Sommer, do Instituto de Geociências da Ufrgs.

Cerro Chato

Há cerca de 260 milhões de anos, antes mesmo dos primeiros dinossauros, estavam presentes as condições ambientais ideais para a preservação dos organismos que habitavam essa área no passado, os quais, por meio do registro fóssil, ficaram resguardados em finas camadas de rocha e, agora, aos poucos, vão sendo revelados.

A localidade onde os fósseis foram resgatados é conhecida como Cerro Chato, tendo sido descoberta e descrita pela primeira vez em 1951 por pesquisadores que realizavam mapeamento geológico no Pampa gaúcho.

Naquela oportunidade, fósseis, especialmente de plantas, foram coletados e descritos, evidenciando desde então a importância do sítio fossilífero para a paleontologia nacional.

Os recursos tecnológicos disponíveis na época, no entanto, não permitiram o referenciamento geográfico exato do sítio fossilífero, que teve sua localização perdida por sete décadas.

Material coletado no sítio paleontológico redescoberto em Dom Pedrito. Foto: Ferraz et al/Divulgação