Um estudo nacional constatou que entre 2016 e 2018 foram 577, ou seja 7,6 lesões a cada 1.000 horas de jogo.
Os pesquisadores aferiram ainda que a mais incidente foi na musculatura posterior da coxa. Quando analisado por posição, foi constatado que os laterais e zagueiros foram os mais acometidos e que 20% das lesões ocorreram entre os minutos 61 e 75 da partida.
“Ainda sobre gravidade, a conhecida como Grau II, onde ocorre ruptura de fibras musculares, foi a mais prevalente. Cabe ressaltar que nesse grau específico, o tempo médio de afastamento dos gramados ficou entre 8 e 28 dias”, explicou o fisioterapeuta, doutor em gerontologia biomédica e membro do movimento O Grêmio Primeiro, Gustavo Pereira .
A pesquisa também revelou os seguintes que a idade média entre todos os atletas que sofreram lesão foi de 28 anos, mandantes e equipes que deslocavam mais de 800km para a partida tiveram maior índice de lesão.
A média de lesões musculares/ temporada relatada pelos clubes foi de 5,92, 5,42 e 4,79 nos anos estudados e nestes três anos a maior parte das lesões ocorreu no primeiro turno.
Pereira também esclareceu que mesmo após a adoção de diversos programas de prevenção de lesões no futebol, como o FIFA 11 +, que promoveu um acompanhamento de 11 anos sobre o tema e constatou avanço na prevenção de lesões ligamentares, não houve redução na incidência de lesões musculares no período.
Desta forma, as lesões musculares vêm sendo amplamente estudadas nos últimos anos devido ao alto impacto gerado sobre os clubes profissionais, tanto do ponto de vista esportivo quanto financeiro.
“Nós do Grêmio Primeiro, acreditamos que ter sempre dados científicos em mãos, sobre os mais variados temas, é a chave fundamental para diagnóstico e mudança de rumo. Sabemos também que o excesso de lesões musculares nos tiram o sono e nos prejudicaram diversas vezes nas últimas competições. A busca de estratégias para atualizar e reformular nosso departamento de saúde é uma das maiores bandeiras do movimento”, finalizou.