O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (15) que elevou os juros do país em 0,75 pontos percentuais, na maior alta desde 1994, em uma tentativa de lidar com a inflação no país, que disparou em nível mais alto em 40 anos.
Com a decisão, a taxa de juros norte-americano passou para a faixa de 1,5% a 1,75% ao ano.
O Fed cortou as estimativas de crescimento dos EUA, prevendo um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,7% para 2022 e 2023.
Anteriormente, a expectativa era uma elevação no PIB em +2,8% para este ano.
De acordo com o Banco Central americano, espera-se que a inflação se estabeleça em 5,2% em 2022 e 2,6% em 2023. “O Fed está fortemente comprometido em reduzir a inflação para 2%”, diz o comunicado emitido no final da reunião de dois dias.
A inflação dos EUA foi impulsionada no mês passado principalmente por preços mais altos para outros bens, como alimentos, que aumentaram em decorrência da guerra na Ucrânia e por causa do lockdown na China. No entanto, o Fed reconheceu que a atividade econômica americana voltou a se aquecer após a queda no primeiro trimestre de 2022.
Além disso, o Fed espera taxas de juros em 3,4% no final de 2022 e em 3,8% em 2023, conforme aponta os gráficos e tabelas da nota.
Para o presidente do Fed, Jerome Powell, o Banco Central tem as ferramentas e a determinação para reduzir a inflação. “Os aumentos da taxa de juros de 0,75% não devem se tornar comuns”, concluiu ele.