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Porto Alegre lidera concentração de empregos formais na economia criativa entre as capitais do país, aponta estudo

Essa e outras informações estão presentes no estudo "Elementos para a análise da economia criativa em Porto Alegre", produzido pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, por meio do DEE/SPGG (Departamento de Economia e Estatística) e divulgado nesta quarta-feira (15).

Porto Alegre é a capital com maior proporção de empregos formais ligados à economia criativa no país. Essa e outras informações estão presentes no estudo “Elementos para a análise da economia criativa em Porto Alegre”, produzido pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, por meio do DEE/SPGG (Departamento de Economia e Estatística), e divulgado nesta quarta-feira (15).

O estudo aponta que os 100.685 postos nos setores da cultura, criatividade, conhecimento e inovação representam 11,9% do total dos empregos formais da cidade. Este percentual coloca a capital gaúcha à frente de Florianópolis (11,7%), São Paulo (11,6%) e Rio de Janeiro (10,9%) no ranking nacional. Quando considerado o número absoluto de postos, Porto Alegre está em sexto lugar na lista.

A Capital gaúcha também é responsável por 13,9% dos empregos com carteira assinada do Rio Grande do Sul, concentrando um em cada cinco empreendimentos criativos do Estado. Quanto ao número de empresas, as atividades ligadas à economia criativa em Porto Alegre correspondiam a 14% do total de empreendimentos da cidade em 2019, conforme o Cadastro de Empresas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No ano, eram 11.747 empreendimentos do segmento, sendo 34,3% no grupo de Arquitetura, design e moda e 19,8% em TI e software.

Quanto à remuneração, a média dos rendimentos dos trabalhadores assalariados nos distintos setores da economia criativa era, em 2019, de R$ 3.471 em Porto Alegre – acima dos R$ 2.556 apontados pelo IBGE como a média dos trabalhadores com carteira assinada da Região Metropolitana no mesmo ano.

O estudo completo foi elaborado pelo pesquisador Tarson Nuñez, da DEE/SPGG, e traz dados relativos à movimentação financeira resultantes do conjunto de 92 atividades vinculadas a oito segmentos da economia gaúcha. Estão englobadas áreas como arquitetura, design e moda, TI e software, publicidade, artes visuais, audiovisual e setores ligados ao mercado editorial, pesquisa e patrimônio.

Segundo Nuñez, “os dados sistematizados neste estudo têm como objetivo servir de referência à formulação de políticas de apoio à economia criativa em Porto Alegre. Nesse sentido, têm como função constituir uma linha de base, um ponto de partida em relação ao qual poderão ser efetuadas avaliações periódicas das políticas implementadas”, afirma.

Na mesma linha, a secretária estadual da Cultura, Beatriz Araujo, destaca a importância de projetos para desenvolver o segmento. Para ela, as políticas públicas e os investimentos na economia criativa são vitais para garantir a retomada dos empregos em setores altamente prejudicados pela pandemia. “O governo do Estado instituiu o programa RS Criativo para fortalecer a economia criativa gaúcha e promover inovações. O programa promove pesquisas, capacitações, mentorias, residências criativas, cursos e eventos diversos que têm contribuído para qualificar o trabalho dos empreendedores e gerar novas oportunidades de negócios”, reforça.

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Salários e impostos

Segundo os dados da pesquisa, a economia criativa movimentou em 2019 cerca de R$ 4,5 bilhões em termos de salários e outras remunerações dos trabalhadores, apenas considerando os vínculos formais de trabalho. Entre os subsetores, o de Pesquisa, desenvolvimento e ensino superior representou R$ 2,05 bilhões, seguido de Arquitetura, design e moda (R$ 1,03 bilhões) e Tecnologia da informação e software (R$ 939 milhões).

Em relação à arrecadação de impostos, o segmento criativo foi responsável em 2020 por R$ 264,10 milhões relativos ao ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), tributo de âmbito municipal. Entre os setores mais tributados, o de Publicação, editoração e mídia (R$ 83,65 milhões) liderou a lista, seguido do de Tecnologia da informação e software (R$ 65,02 milhões) e da Pesquisa, desenvolvimento e ensino superior (R$ 45,07 milhões). Quanto ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), de âmbito estadual, as atividades da economia criativa geraram em 2020 uma arrecadação de R$ 143 milhões.