Agora no Tempo

Tempestade Yakecan se afasta após causar danos em cidades do Rio Grande do Sul

O principal transtorno causado pela tempestade é a falta de energia elétrica. Mais de 214 mil clientes seguem sem fornecimento de energia elétrica no RS.

Bloqueio total na Rua Barcelona, na Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre. Foto: EPTC / Divulgação

A tempestade subtropical Yakecan deixou um rastro de destruição em diversos municípios gaúchos. A passagem do sistema, no entanto, trouxe prejuízos menores que os esperados para a maioria dos municípios, não deixou feridos e não causou ocorrências graves. O maior número de eventos foi relacionado a queda de árvores e de postes de energia elétrica. Na manhã desta quarta-feira (18), a tempestade se afastou da costa gaúcha e se encontra a cerca de 200 quilômetros de distância de Florianópolis, em alto mar.

O principal transtorno causado pela tempestade é a falta de energia elétrica. Mais de 214 mil clientes seguem sem fornecimento de energia elétrica no Rio Grande do Sul. São mais de 182 mil unidades consumidoras sem luz na área de concessão da CEEE/Equatorial. As cidades com maior número de consumidores sem energia são Porto Alegre, Guaíba, Viamão, Alvorada, Charqueadas, Barra do Ribeiro, Mariana Pimentel, Eldorado do Sul, Imbé, Mostardas, Tavares, Tramandaí, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, Chuí, São José do Norte, Pelotas, São Lourenço do Sul, Bagé e Cerro Grande do Sul.

Na área da RGE Sul, são 34 mil clientes estavam sem luz no Vale do Sinos, especialmente em Canoas, Serra, Planalto e Vale do Rio Pardo. A empresa diz que o vento foirte causou danos à rede elétrica, principalmente devido a galhos e objetos arremessados nos fios e outros equipamentos. Até a noite de ontem (17), o número de clientes sem fornecimento era de 20 mil e, horas depois, subiu para 44 mil.

Uma das cidades mais afetadas pelos ventos do Yakecan é o município de Mostardas, localizado no Litoral Médio do Rio Grande do Sul, entre a Lagoa dos Patos e o oceano. O fornecimento de energia elétrica para o município foi interrompido por causa da queda de árvores, que afetaram a rede de distribuição. Situação parecida vive o município vizinho de Tavares, onde também há o registro de corte de energia. Apesar dos danos, as prefeituras não registram, até o momento, destelhamentos causados pelos ventos.

Situação diferente de Tramandaí, onde o hospital do município foi parcialmente destelhado por causa dos ventos da tempestade Yakecan. Parte dos pacientes precisou ser transferido para outras alas ou unidades de saúde.

Em Rio Grande, no Sul do Estado, a velocidade máxima dos ventos durante a madrugada foi de 78 km/h. Na cidade, duas casas tiveram os telhados danificados pelo vento uma no bairro Nossa Senhora de Fátima e outra na vila Maria dos Anjos. A Defesa Civil atendeu chamados de moradores preocupados com árvores de grande porte mas nenhum caso necessitou intervenção da equipe de poda emergencial. Há problemas de falta de energia elétrica no centro da cidade e no Cassino.

Na Capital, Porto Alegre, foram registradas chuvas e ventos fortes. No entanto, não há informações de destelhamentos por parte da Defesa Civil do município. Houve registro de quedas de árvores em diversos pontos da cidade. Também caíram vários postes de energia elétrica, o que eleva o número de clientes sem fornecimento de energia elétrica na cidade. A última ocorrência é o bloqueio total da rua Barcelona, a partir da avenida Deputado Adão Pretto, na Lomba do Pinheiro, por causa da queda de uma árvore de grande porte.