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Diplomacia brasileira defende "solução negociada" para crise entre Ucrânia e Rússia

Segundo a nota, "o Brasil reafirma a necessidade de buscar uma solução com base nos Acordos de Minsk e a necessidade de respeitar os princípios da Carta das Nações Unidas".

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil publicou uma nota formal nesta terça-feira (22) sobre a crise entre Ucrânia e Rússia após o reconhecimento feito pelo presidente Vladimir Putin das áreas separatistas de Donetsk e Lugansk.

Segundo a nota, “o Brasil reafirma a necessidade de buscar uma solução negociada, com base nos Acordos de Minsk, e que leve em consideração os legítimos interesses de segurança da Rússia e da Ucrânia e a necessidade de respeitar os princípios da Carta das Nações Unidas”.

“Apela a todas as partes envolvidas para que evitem uma escalada de violência e que estabeleçam, no mais breve prazo, canais de diálogo capazes de encaminhar de forma pacífica a situação no terreno”, afirma ainda o Itamaraty.

O restante do comunicado cita a fala do embaixador brasileiro nas Nações Unidas, Ronaldo Costa Filho, durante a reunião de emergência do Conselho de Segurança realizada na madrugada desta terça. Atualmente, o Brasil tem um assento temporário no órgão.

“A tensão dentro e ao redor da Ucrânia está se agravando diariamente, na verdade, a cada hora, tornando esta citação habitual da Carta de extraordinária importância e relevância. Todos sabemos como a situação tornou-se crítica. O Brasil vem acompanhando os últimos acontecimentos com extrema preocupação”, disse Costa Filho.

“Nas atuais circunstâncias, nós, neste Conselho, em representação da comunidade internacional, devemos reiterar os apelos à imediata desescalada e nosso firme compromisso de apoiar os esforços políticos e diplomáticos para criar as condições para uma solução pacífica para esta crise”, pontuou.

O representante também defendeu a necessidade de que as partes envolvidas respeitem “os compromissos existentes, como os Acordos de Minsk”, que foram firmados por russos e ucranianos em 2015.

“Nesse sentido, renovamos nosso apelo a todas as partes interessadas para que mantenham o diálogo com espírito de abertura, compreensão, flexibilidade e senso de urgência para encontrar caminhos para uma paz duradoura na Ucrânia e em toda a região. Um primeiro objetivo inescapável é obter um cessar-fogo imediato, com a retirada abrangente de tropas e equipamentos militares no terreno”, destacou ainda.