Morreu na madrugada desta terça-feira, o jornalista e cineasta Arnaldo Jabor, aos 81 anos. Ele estava internado desde o dia 17 de dezembro no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após sofrer um acidente vascular cerebral. Segundo a família, a causa da morte foram complicações do AVC.
Nasceu em 1940 no Rio de Janeiro e seus pais eram um oficial da Aeronáutica e uma dona de casa. Ao longo da vida, escreveu para jornais como “O Estado de S.Paulo”, “Folha de S.Paulo”, “O Tempo” e “O Globo”. Jabor se tornou mais conhecido por seus comentários nos telejornais da TV Globo a partir dos anos 1990.
Sua primeira vocação, no entanto, foi como cineasta. Dirigiu sete longas, dois curtas e dois documentários. Como diretor de cinema, fez parte do movimento artístico conhecido como “Cinema Novo”, entre as décadas de 1960 e 1970, que buscava abandonar o estilo norte-americano de fazer cinema, abordando as temáticas e problemas do Brasil, mesmo sem tanto recurso como as grandes produtoras estrangeiras. Um dos lemas do movimento era “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”.
Como diretor, dirigiu filmes como “Opinião pública” (1967), “Eu te amo” (1981) e “Toda nudez será castigada” (1973). Esta último, uma adaptação de uma peça de Nelson Rodrigues, rendeu a Jabor o prêmio Urso de Prata no festival de Berlim, na Alemanha.