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As exportações do agronegócio gaúcho registraram uma soma de US$ 15,3 bilhões em 2021, uma alta de 52,4% na comparação com 2020. O crescimento foi puxado pelas vendas de soja no quarto trimestre, que registraram um aumento de 549,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O valor é o maior registrado desde o início da série histórica em 1997 e representa um aumento de cerca de US$ 5,3 bilhões em termos absolutos. Os dados fazem parte do boletim Indicadores do Agronegócio do RS, divulgado nesta quinta-feira, e que é elaborado pelo Departamento de Economia e Estatística, o DEE, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão. Além da soja, também tiveram alta os setores de carnes, produtos florestais, e cereais, farinhas e preparações. O fumo foi o único a registrar queda nas vendas em 2021. Segundo o pesquisador do DEE, Sérgio Leusin Júnior, o ano de 2021 ficou marcado pelo restabelecimento dos níveis de produtividade das safras de verão no Estado, que foram afetadas pela estiagem em 2020. Além da safra cheia, o incremento nos preços médios dos produtos exportados pelo agronegócio também contribuiu para o desempenho exportador no período.
A Secretaria Estadual da Saúde informou ontem que mais de mais de três milhões de pessoas estão com alguma dose da vacina contra o coronavírus em atraso no Rio Grande do Sul. O órgão alerta para o risco que representa não estar com o esquema atualizado. Conforme o Centro Estadual de Vigilância em Saúde, entre dezembro e janeiro, 68% das hospitalizações e 70% das mortes por covid-19 ocorreram em pessoas não vacinadas ou com alguma dose em atraso. Somente em relação à segunda dose, há 786 mil pessoas em atraso, ou seja, 9% das nove milhões de pessoas que já fizeram a primeira dose. Em relação à dose de reforço, são mais de 2,5 milhões de pessoas com ela em atraso. Estas pessoas estão com mais de quatro meses desde a segunda dose ou dose única. Além deste contingente, há no Estado cerca de dois milhões de pessoas que não fizeram nenhuma dose contra o coronavírus. Deste grupo, São cerca de 680 mil crianças abaixo dos cinco anos, para as quais ainda não há vacina disponível aprovada pelo Ministério da Saúde. Do restante há cerca de 965 mil crianças dos 5 aos 11 anos, das quais aproximadamente 120 mil já receberam a primeira dose.
E a hospitalização de crianças por Covid-19 no Rio Grande do Sul atingiu o maior nível desde o início da pandemia na última semana. Entre 31 de janeiro e 6 de fevereiro, a média foi de 64 crianças internadas em leitos clínicos e 21 em unidades de tratamento intensivo. De acordo com o governo do Estado, os números estão diretamente relacionados com o menor avanço da vacinação em pessoas desta faixa etária. Antes, o pico havia sido em abril de 2021, com no máximo 25 crianças hospitalizadas em leitos clínicos e 15 em UTIs na média da semana.
A prefeitura de Porto Alegre anunciou que será decretada situação de emergência na Região do Partenon devido aos problemas de abastecimento de água no local. Desde o começo do ano, a comunidade tem problemas de desabastecimento gerados por quedas de energia, superaquecimento nas estações de bombeamento e o baixo nível dos reservatórios. A ideia da prefeitura é acelerar a implantação das medidas de curto prazo para minimizar o impacto da situação. A região abrangida pelo decreto é composta por Partenon, Vila São José, Vila João Pessoa, Coronel Aparício Borges e Santo Antônio. Conforme o Departamento Municipal de Água e Esgotos, uma das medidas possibilitadas pelo decreto de forma emergencial será a instalação de reservatórios em residências, através de um laudo que garanta a estrutura necessária. Já o Departamento Municipal de Habitação vai atuar em conjunto neste trabalho, cadastrando as residências.
O calor ganha força nesta quinta-feira no Estado. Segundo a previsão, o tempo fica firme e ensolarado na maior parte do Rio Grande do Sul nesta quinta. Existe a possibilidade de pancadas fracas de chuva apenas na Serra e na Região Norte. As temperaturas devem ser mais elevadas em cidades localizadas na Fronteira Oeste, Região Central e Região Noroeste. Amanhã, uma área de baixa pressão sobre a Argentina e o fluxo de umidade da Amazônia, favorecem as pancadas de chuva na metade leste do Estado. Pode haver temporais isolados nas regiões Noroeste e Nordeste entre a tarde e noite. A tendência é que essas instabilidades sigam sobre o estado no final de semana.