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Caso de hepatite fulminante alerta para produtos que prometem emagrecer

O caso de uma mulher de 42 anos com hepatite fulminante, necessitando de transplante imediato de fígado, chamou a atenção dos médicos.

O caso de uma mulher de 42 anos, sem problemas de saúde prévios e que chegou ao hospital com hepatite fulminante, necessitando de transplante imediato de fígado, chamou a atenção dos médicos.

Após uma investigação clínica, o diagnóstico: hepatite tóxica por ingestão de um medicamento supostamente natural. Um composto com 50 ervas que promete perda de peso causou uma lesão irreversível na paciente, que agora depende de um transplante para sobreviver.

Diante desse caso tão grave, a médica Liliana Ducatti, que acompanhou a paciente, decidiu fazer um alerta nas suas redes sociais sobre o assunto. A médica explica que nenhuma medicação deve ser tomada sem acompanhamento médico e garante que não existe remédio milagroso para perda de peso.

“Nós estamos falando de uma medicação que não é aprovada pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], não é regulamentada e que promete um emagrecimento através de ervas ditas como naturais, e isso sabidamente pode ser maléfico para o fígado. Isso é um perigo para a saúde em geral da pessoa, e especificamente para a saúde do fígado”, disse Luciana.

A médica faz um alerta às pessoas que querem emagrecer, destacando que profissionais de saúde são capacitados para dar orientação nesses casos.

“Procure um profissional gabaritado. Existem milhares de profissionais gabaritados que estudam, que usam como base a ciência e que podem ajudar. Desde médicos endocrinologistas, nutrólogos, nutricionistas, tem muita gente para ajudar”, ressaltou.

A enfermeira Mara Abreu, que tomou cápsulas de um chá emagrecedor, morreu nesta quinta-feira (3) após seu corpo rejeitar um transplante de fígado no Hospital das Clínicas, em São Paulo.