O contato com mar e piscina neste período do ano requer certos cuidados com a saúde ocular. O alerta é da Sorigs (Sociedade de Oftalmologia do Rio Grande do Sul) em função de que a exposição a esses ambientes pode aumentar a vulnerabilidade em relação a doenças oculares graves que podem gerar problemas irreversíveis à visão.
Com a chegada da temporada de veraneio, tradicionalmente as pessoas buscam ambientes aquáticos, mas eles podem concentrar diversas bactérias, vírus e protozoários que provocam infecções oculares. A conjuntivite, inflamação da membrana que reveste a parte externa do globo ocular, é uma delas e concentra grande incidência em consultórios.
A atenção em relação aos olhos deve ocorrer, também, para aqueles que usam lentes de contato, conforme explica o presidente da Sorigs, Marcos Brunstein.
“No caso das lentes nosso alerta é devido aos microorganismos patológicos que aderem à lente e provocam uma infecção. Como seu uso incorreto pode trazer algum prejuízo para a córnea a consulta com um médico oftalmologista é muito importante, para que possamos avaliar o tipo de lente adequado para o olho de cada paciente e orientar sobre os cuidados adequados a fim de evitar lesões oculares”, destaca.
Nos casos em que o uso das lentes é inevitável na piscina ou no mar, a sugestão dos oftalmologistas é a utilização dos modelos de descarte diário. Ou seja, mesmo que microorganismos fiquem fixos nas lentes, não ocorre risco de uma contaminação ocular.
Para se ter ideia dos danos que podem ocorrer, um dos processos infecciosos ocasionados por microorganismos presentes em piscinas e mar são as úlceras de córnea.
Ainda sobre a temporada mais quente do ano, há duas recomendações necessárias para manter o cuidado com os olhos em dia: uso de colírio e óculos escuros. Em relação ao colírio, optar pelo tipo lubrificante e realizar a limpeza ocular ao sair da água.
Sobre os óculos de sol, essenciais para proteger os olhos dos raios UVA e UVB, também atuam ajudando a prevenir diversas lesões oculares. “No entanto, é fundamental verificar a qualidade das lentes, pois elas precisam ter capacidade de filtrar entre 99% e 100% de toda a radiação ultravioleta e filtrar a chamada radiação azul”, ressalta Brunstein.
Além dos cuidados com piscina, lagos e mar, os médicos da Sorigs ressaltam outro ponto fundamental para evitar riscos de infecção: o uso de lentes ao dormir.
Segundo a entidade gaúcha, o uso das lentes ao dormir pode ampliar em 15 vezes o risco de infecção, assim como a sua limpeza de forma inadequada em água corrente.