A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quinta-feira (6) que a variante Ômicron do novo coronavírus, que é mais infecciosa, parece provocar formas menos graves da doença em comparação com a Delta, mas não deve ser classificada como “leve”.
Em entrevista coletiva em Genebra, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, explicou que, embora a Ômicron cause sintomas menos graves, principalmente entre os vacinados, isso não significa que deva ser classificada como leve, como as variantes anteriores, porque também causa internações e mortes.
O diretor-geral lembrou do “tsunami de casos tão grande e rápido que está sobrecarregando os sistemas de saúde” em todo o mundo e afirmou que “o novo ano oferece a oportunidade de renovar a resposta coletiva a uma ameaça comum”.
“Espero que os líderes mundiais que demonstraram determinação em proteger a sua população estendam essa força para garantir que o mundo inteiro esteja seguro e protegido. Esta pandemia não terminará até que isso aconteça”, reiterou.
Tedros também repetiu seu apelo por uma maior equidade global na distribuição e acesso às vacinas contra o coronavírus, lembrando a meta de tomar medidas para garantir que 70% da população seja vacinada em todos os países até meados de 2022.
“Desigualdade na vacinação e iniquidade na saúde foram os grandes fracassos do ano passado”, acrescentou ele, ressaltando que “as baixas taxas de vacinação criaram as condições perfeitas para o surgimento de novas variantes”.
A cepa Ômicron tem provocado um aumento no número de casos de Covid-19 em todo o mundo e já fez diversos países da Europa anunciarem novas medidas restritivas.