A Polícia Federal deflagrou uma operação nesta quarta-feira (15) contra os políticos e irmãos Cid e Ciro Gomes por supostos desvios de recursos públicos nas obras da Arena Castelão, no Ceará. Além do senador e do candidato à Presidência, a operação cumpre mandados contra outras 12 pessoas.
Por meio de comunicado, a PF informou que está investigando o caso desde 2017, com base em delações premiadas, e que verifica crimes de “fraudes, exigências e pagamentos de propinas” ocorridas entre os anos de 2010 e 2013. As obras no local foram realizadas para a Copa do Mundo de 2014.
Em sua conta no Twitter, Ciro se manifestou sobre a operação e disse acreditar que ela foi realizada por “ordem” do presidente Jair Bolsonaro. “Até esta manhã, eu imaginava que vivíamos, mesmo com todas imperfeições, em um pais democrático. Mas depois da Polícia Federal subordinada a Bolsonaro, com ordem judicial abusiva de busca e apreensão, ter vindo a minha casa, não tenho mais dúvida de que Bolsonaro transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade”, escreveu.
“Não tenho nenhuma ligação com os supostos fatos apurados. Não exerci nenhum cargo público relacionados com eles. Nunca mantive nenhum tipo de contato com os delatores. O que, aliás, o próprio delator reconhece quando diz que nunca me encontrou. Tenho 40 anos de vida pública e nunca fui acusado nem processado por corrupção”, escreveu ainda.
Por meio do Twitter, o também candidato à Presidência em 2022, o ex-mandatário Luiz Inácio Lula da Silva, se manifestou sobre a operação e prestou solidariedade a Ciro e a Cid. “Quero prestar minha solidariedade ao senador Cid Gomes e ao pré-candidato a presidente Ciro Gomes, que tiveram suas casas invadidas sem necessidade, sem serem intimados para depor e sem levar em conta a trajetória de vida idônea dos dois. Eles merecem ser respeitados”, escreveu Lula.