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Caso Kiss: depoente tem depoimento desqualificado e vira informante após postagem da filha em rede social

Gianderson Machado da Silva havia sido arrolado como testemunha no Caso Kiss porque trabalha com extintores de incêndio

O júri do incêndio na boate Kiss, de Santa Maria, teve um momento de reviravolta nesta sexta-feira (3). O depoimento da testemunha de acusação Gianderson Machado da Silva foi desqualificado após uma postagem da filha dele em uma rede social. Silva foi inquirido pelo juiz na condição de informante e será questionado, no início da tarde, pelos defensores dos quatro réus no processo.

No Twitter, a jovem afirmou “Meu pai é o próximo a depor no caso da Kiss, que ele fale tudo! Que esses donos da boate apodreçam na cadeia!!!”. A postagem ocorreu as 11h44 da manhã, minutos antes do início da oitiva e foi vista por advogados de defesa dos quatro réus. Por causa disso, seu depoimento foi desqualificado da condição de testemunha, ou seja, não tem o mesmo valor que o de uma testemunha.

Conforme o Código de Processo Legal, o informante diz ou fornece um parecer sobre algo, sem qualquer vínculo com a imparcialidade ou com a obrigação de dizer a verdade. A testemunha tem obrigação legal de dizer a verdade.

Gianderson Machado da Silva havia sido arrolado como testemunha no Caso Kiss porque trabalha com extintores de incêndio e era a empresa dele a responsável por fazer a troca dos equipamentos na casa noturna Kiss. Em depoimento, ele disse que não se lembrava de muitos fatores, mas que teria feito a recarga de extintores nos três anos anteriores ao incêndio, que ocorreu em 2013.

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