Êxito no segundo turno consolida modelo de meio campo forte e saída rápida no Inter de 2021

O Inter teve um início de temporada claudicante. Os primeiros meses do ano foram marcados por uma tentativa frustrada de ruptura com uma tradição recente de estilo de jogo, modelo este que foi vencedor nos primeiros anos do século XXI, sempre voltado para um meio-campo de forte marcação e boa dinâmica. Agora, após o insucesso de Ramirez, uma volta às raízes.

Desde a chegada de Aguirre, o Inter deixou de lado – resta saber se de modo definitivo – o modelo posicional e “propositivo” e assumiu um jeito de jogar mais afeito a seu grupo atual. O Colorado decidiu apostar em uma abertura de meio-campo com dois primeiros volantes de origem, Dourado e Lindoso, e a utilizar como “extremas” dois atletas que também já chegaram a ser considerados homens de marcação: Patrick e Edenilson.

Outra característica desse modelo é o time não fazer questão de ter a posse de bola e apostar tudo nas saídas rápidas de contra-ataque.

Para se ter uma ideia do sucesso alcançado até agora nesse modelo, o Inter só tem campanha inferior a do Atlético-MG no segundo turno, com 20 pontos conquistados. Ao todo, são 6 vitórias, dois empates e três derrotas, nenhuma no Beira-Rio, onde o Inter obteve todas as suas vitórias e empatou a outra partida.

No Gre-Nal, deu tudo certo para esta estratégia. Segundo dados do SofaScore, no final do clássico, o Grêmio somava 60% da posse de bola. Mesmo assim, o Inter teve mais chutes em toda a partida. Também como decorrência desse estilo, o Inter acaba tendo mais interceptações e desarmes, o que depende dessa defesa robusta montada por Aguirre.