A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acelerou 1,16% em setembro. É o maior patamar para o mês desde 1994, no início do Plano Real, conforme os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com o resultado, a inflação acumulada em 12 meses quebrou a barreira dos dois dígitos e chegou a 10,25%. No ano, a inflação tem alta de 6,9%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta. O maior impacto foi habitação, influenciado principalmente pela alta da energia elétrica. Na sequência, vieram transportes e alimentação e bebidas.
Mesmo assim, o resultado foi abaixo das expectativas do mercado financeiro. A projeção de inflação era de 1,25%. No entanto, a inflação está cada vez mais distante da meta do Banco Central, que era de 3,75%, com teto de 5,25%.
A inflação, mais uma vez, foi turbinada pelos aumentos sucessivos na conta de energia elétrica. O item acumula alta de 28,82% em 12 meses. Em setembro, passou a valer a bandeira tarifária de escassez hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.