Rodoviários ligados à Carris (Companhia Carris Porto-Alegrense) realizam, nesta quinta-feira (2), uma paralisação parcial. A categoria é contra o projeto que prevê a extinção gradual da função de cobrador. Os rodoviários também são contrários ao projeto que tramita na Câmara de Vereadores que prevê a venda ou extinção da empresa de ônibus.
Nesta disputa entre os funcionários e Prefeitura de Porto Alegre, quem perde é a população. A manhã é de muitas filas para quem depende das linhas Transversais, que são operadas pela Carris.
Para amenizar os reflexos dos protestos, a EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação), foi montado um esquema especial para cumprir os horários da tabela. Conforme acordo entre rodoviários e Prefeitura, 65% da frota da Carris deve funcionar durante todo o dia. Também houve liberação de linhas de lotação com passageiros em pé no interior dos veículos.
Projeto de extinção de cobradores aprovado
A Câmara de Porto Alegre aprovou, na noite de ontem (1º), extinção gradativa da função de cobrador de ônibus. Após a sanção do prefeito Sebastião Melo (MDB), serão permitidas viagens sem cobrador, diariamente, entre 22h e 4h. O texto foi aprovado por 21 votos favoráveis e 12 contrários.
De acordo com o projeto, a mudança gradativa ocorrerá ao longo de quatro anos (até 31 de dezembro de 2025). Não haverá reposição de vaga para cobrador pelas empresas nos casos de rescisão do contrato por iniciativa do trabalhador, despedida por justa causa, aposentadoria, falecimento e interrupção ou suspensão do contrato de trabalho.
O projeto define a oferta de cursos de qualificação para todos os cobradores e avaliação, pelas empresas, do aproveitamento em outras funções, inclusive como motorista e mecânico.