A ex-senadora Ana Amélia Lemos deve deixar o Progressistas (antigo PP), partido pelo qual é filiada desde o ano de 2009. Quatro agremiações estão interessadas em receber a atual secretária extraordinária de Relações Federativas e Internacionais do governo Eduardo Leite. A informação é do jornalista Igor Gadelha, do portal Metrópoles.
“O PP, com o lançamento da candidatura [do Luis Carlos] Heinze ao governo, inviabiliza eventual candidatura minha ao Senado, porque ele precisa oferecer a [outra] vaga majoritária [ao Senado] a algum partido aliado que venha se aliar a ele”, afirmou Ana Amélia, em entrevista.
Heinze, que é aliado de primeira hora do presidente Bolsonaro é cotado para concorrer a governador do Rio Grande do Sul em 2022. Pesquisa feita pelo instituto Paraná Pesquisas colocou o senador em quarto lugar na disputa pelo Piratini.
“Estou avaliando os convites que recebi do Gilberto Kassab [PSD], Eduardo Leite [PSDB], Luciano Bivar [PSL] e Carlos Gomes [PR]. Tenho até março para tomar essa decisão”, afirmou a secretária e ex-senadora. Ana Amélia concorreu a vice-presidência da República em 2018 na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) e estava filiada ao Progressistas desde 2009. Ela deixou a carreira de comentarista política em 2010.
Ana Amélia é natural de Lagoa Vermelha. Foi oito anos senadora, entre 2011 e 2018, após deixar a carreira de comentarista política no Grupo RBS, onde atuou por mais de 30 anos. Desde 2019, trabalha de Brasília fazendo a articulação política, encaminhamento e acompanhamento de assuntos de interesse do Estado do Rio Grande do Sul, em Brasília. A pasta substituiu o antigo Escritório de Representação do Governo Gaúcho, criado pelo ex-governador Leonel Brizola (1959-1963) no ano de 1961.