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Polícia prende companheira da mãe que confessou ter dopado e jogado filho em rio no Litoral Norte

A prisão da mulher foi realizada pela Polícia Civil na tarde deste domingo. Ela foi levada até a Delegacia de Polícia de Imbé.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul cumpriu mandado de prisão contra a companheira da mãe que dopou e jogou o próprio filho no rio Tramandaí, em Imbé, no Litoral Norte. A autora confessa do crime está presa desde quinta-feira, quando procurou a polícia para relatar o desaparecimento do menino, que tinha 7 anos. O corpo da criança segue desaparecido e os bombeiros vasculham uma área de mais de 90 quilômetros de praia.

A prisão da companheira, Bruna Nathiele da Rosa, ocorreu na tarde deste domingo após ter a prisão temporária decretada pela Justiça. Ela possui autismo em grau leve e deve ser submetida a uma avaliação psiquiátrica. A mulher foi levada até a Delegacia de Polícia de Imbé, onde prestará depoimento e será autuada. Depois, ela deve ser encaminhada para um presídio feminino. A presa não tinha sido autuada em flagrante delito, como fora com a mãe da criança.

A mãe do menino Miguel dos Santos Rodrigues, 7 anos, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, 26, foi presa em flagrante pelo crime na noite da última quinta-feira (29) após confessar o crime. Ela está no presídio de Torres e teve, ontem, a prisão convertida de temporária em preventiva, ou seja, sem prazo para expirar.

A Justiça também autorizou que a Polícia Civil acesse os conteúdos de dois smartphones apreendidos. Dois vídeos que já estão em posse da polícia mostram que o menino Miguel era torturado física e psicologicamente. “A criança passava o dia trancada em um roupeiro e era obrigada a segurar a vontade de urinar”, afirmou o delegado Antônio Carlos Ratcz, que lidera a investigação. “Quando ela fazia isso, ela era castigada, apanhava. Se ela saísse do roupeiro, ia para um poço de luz. Essa criança vivia um inferno”, constatou o delegado em entrevista ao portal Litoral na Rede.

Buscas chegaram ao quarto dia

As buscas pelo menino chegaram, neste domingo, ao quarto dia. Bombeiros seguem procurando o corpo da criança entre a foz do rio Tramandaí e as praias de Imbé e de Tramandaí. As buscas contaram com ajuda de um helicóptero e podem ser estendidas até Torres, seguindo as correntes marítimas. Até o final da tarde deste domingo, no entanto, o corpo da criança não havia sido localizado.

O crime

A Polícia Civil prendeu uma mulher em flagrante delito após ela confessar que dopou e jogou o corpo do próprio filho, de 7 anos, em um rio. O caso ocorreu em Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, na noite de quinta-feira (29). A criança segue desaparecida e o Corpo de Bombeiros faz buscas pelo menino.

Conforme o delegado Antônio Carlos Ratcz, que preside a investigação, a mulher buscou a Delegacia de Polícia para registrar o desaparecimento do menino. No entanto, quando foi questionada de como ele teria sumido, acabou confessando que dopou a criança com um antidepressivo e a colocou dentro de uma mala com rodinhas. Depois, saiu de casa, na área central de Imbé, e foi com a companheira até o rio Tramandaí.

A mulher afirmou que tirou o corpo do menino da mala e o jogou no rio, em uma das noites mais frias do ano de 2021 no Rio Grande do Sul. Aos policiais, ela afirmou que não sabe se o menino estaria vivo ou morto. Ao ser questionada pelos policiais por qual motivo teria dopado o filho, a mulher respondeu que ele era “teimoso” e que “se recusava a comer”. Ela confessou que já teria feito várias torturas tanto físicas quanto psicológicas contra a criança. A mulher ainda afirmou que já tinha preparado até uma peça na casa onde viviam para acorrentar o filho com cadeados.