A Polícia Civil cumpriu mandado de prisão preventiva contra uma mulher de 40 anos e de homem de 44 pela prática do crime de tortura contra os filhos e enteados.
As vítimas moravam com o pai, a madrasta e os 3 filhos dela. Segundo a Polícia Civil, avó materna começou a desconfiar que algo de ruim estava acontecendo, pois não podia mais ver os netos, nem fazer vídeo-chamadas com eles.
“Certo dia, o neto mais velho confidenciou a avó que estava sendo diariamente espancado, momento em que foi descoberto pelos acusados e em razão disso apanhou novamente e teve várias lesões”, afirmou a polícia.
“Ao tomar conhecimento, a avó procurou a polícia, que logo fez os depoimentos e representou pela prisão preventiva dos investigados a fim de preservar a integridade física das vítimas e poder instruir o inquérito sem atos de coação a vítimas e testemunhas”, completou.
Conforme, a polícia o adolescente de 15 anos é portador de autismo e estava com sérias lesões, desnutrido, com hematomas, sangramento na cabeça e sem o movimento de um dos braços, em razão de uma pancada no cotovelo.
“Ainda, quando o pai das vítimas descobriu que havia sido feito o boletim de ocorrência, agrediu violentamente o adolescente, alegando que este teria abusado do irmão mais novo, o que jamais ocorreu, a fim de justificar tais agressões”, ressaltou a polícia.
O delegado Pablo Rocha revelou que as fotos da lesão e do estado de desnutrição de uma das vítimas já de início impressionaram os policiais e motivaram a prioridade na instrução do feito.
Segundo a Polícia Civil, os depoimentos, tomados na forma especial, deixaram muito claros os fatos e serviram de base à representação por prisão preventiva.