O Brasil não é mesmo um exemplo em questão de cultura de prevenção de riscos, tanto no setor público como privado.
Isto se reflete nos valores da economia: a participação da indústria dos seguros sobre o Produto Interno Bruto (PIB) continua sendo bastante baixa com 6,7%.
A boa notícia para o mercado é que, conforme os dados fornecidos pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), o primeiro trimestre de 2021 registrou um crescimento de 9,9% a respeito do mesmo período de 2020. Em termos financeiros, nos primeiros três meses de 2021 foram arrecadados R$71,16 bilhões, ou seja R$6,42 bilhões a mais na comparação com os mesmos meses do ano passado.
O incremento se reflete na grande maioria dos seguros. Os de pessoas e de danos, por exemplo, cresceram 11,5% e 12% respectivamente, segundo o levantamento Conjuntura N°43 da Cnseg.
Mesmo no caso dos seguros de automóveis, uma das linhas mais impactadas pela pandemia, os percentuais foram surpreendentes.
A arrecadação de prêmios de seguro de carro chegou a R$8,62 bilhões no acumulado do ano; trata-se do maior volume registrado neste período do ano. Comparando os meses de março deste ano com o de 2020, o crescimento foi de 5,9%. Já o crescimento acumulado no primeiro trimestre foi de 2,7% comparado com o ano passado.
Apesar das estatísticas apontadas, o panorama dos seguros de automotor ainda é fraco demais no país. Da frota total de carros que existem no Brasil, 70% deles não tem seguro (com excepção do obrigatório DPVAT), e no caso das motos o percentual atinge 98%.
Com a chegada da pandemia, apareceu mais um desafio para o setor. Um dos aspectos que freia o crescimento destas coberturas é o comportamento da produção de veículos que, por causa das restrições e problemas de importações, está agindo com limitações sem lançar ao mercado a quantidade de carros esperada. A relação é simples: menor emplacamento, menor o número de novos objetos segurados.
Por outra parte, a irrupção do homeoffice, aulas virtuais e demais atividades feitas desde casa, fizeram com que os carros ficassem parados por mais tempo dentro da garagem.
Aquilo, junto com as dificuldades econômicas da atual crise que estão apertando o orçamento das famílias, às vezes acaba fazendo com que abram mão das coberturas do seguro para reduzir custos mensais.
Em primeiro lugar é preciso levar em conta que, hoje em dia, existem mais alternativas no mercado e ainda bem inovadoras; para isso é importante fazer a cotação de um seguro automotor para poder comparar as diversas opções. Ao mesmo tempo, não devemos esquecer do famoso ditado “o que é barato, sai caro”.
Atualmente circular sem seguro nas ruas ou estradas é punido com multa. Além disso, quem sofrer algum tipo de sinistro sem contar com cobertura vai ter que fazer frente a custos médicos, de reparação e até legais
(sem falar das indenizações no caso de danificar outro motorista ou pedestre).