Costa Doce

RS tem mais de 140 mil dados sobre vacinação contra Covid-19 considerados imprecisos

Municípios gaúchos poderão corrigir informações no Sistema Nacional de Informações do Programa Nacional de Imunizações

Os municípios do Rio Grande do Sul poderão fazer correções nos registros que, até agora, eram considerados inconsistentes no Sistema Nacional de Informações do Programa Nacional de Imunizações. Mais de 140 mil dados de vacinação contra a Covid-19 são considerados “inconsistentes”, ou seja, apresentam dados fora do padrão estabelecido.

O sistema classifica como “inconsistente” um dado impreciso como, por exemplo, o registro da segunda dose antes da primeira. Só nesta categoria, são 18.874 registros. Outro motivo para as inconsistências é erro no preenchimento da idade da pessoa vacinada: o sistema indica 365 pessoas com “idade superior a 120 anos”.

Conforme o diretor interino do Departamento de Gestão de Tecnologias e Inovação da Secretaria da Saúde, José Henrique Schwanck Hinkel, há 141.435 doses inseridas no banco de dados e classificadas como inconsistentes. Há casos em que o grupo prioritário informado é de uma determinada faixa etária e a idade informada é outra. Por exemplo, o registro é feito no grupo de 65 a 69 anos e a idade informada é de 60 anos.

Doses estão computadas

As doses inconsistentes já estão computadas nos números gerais da vacinação no Estado, e sua correção trará mais precisão aos dados de vacinação de grupos prioritários, facilitando o avanço da imunização nos grupos previstos pelo calendário do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação da Covid-19.

“Agora teremos a possibilidade de disponibilizar um banco de dados mais fidedigno com a realidade”, afirma a Chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica, Tani Ranieri. Caberá às Coordenadorias Regionais de Saúde orientar as vigilâncias municipais sobre como corrigir eventuais erros nos cadastros de vacinação.

A estratégia da SES a partir de agora é enviar os relatórios das aplicações de doses apontadas como inconsistentes para os municípios realizarem os ajustes necessários. Hinkel salienta que se trata de um processo contínuo que requer permanente revisão do preenchimento dos dados.