A Granpal (Consórcio de Municípios da Região Metropolitana) afirmou, por meio de nota, que a remessa da CoronaVac é insuficiente para concluir aplicação da segunda dose. Os imunizantes foram distribuídos ontem pela Secretaria Estadual da Saúde para as Coordenadorias Regionais de Saúde. Há dois dias, a pasta estadual havia afirmado que o número de vacinas seria suficiente.
Conforme um levantamento realizado pelas 19 cidades associadas, o número de doses recebidas é menos da metade necessária para completar a imunização em quem já recebeu uma dose entre março e abril. As cidades membro do consórcio receberam 79.890 doses, de acordo com a Granpal. Para efetivamente suprir a necessidade, seria necessária nova remessa de 82.200 doses.
A nota é assinada pelo prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB). “A Granpal lamenta o fato e esclarece às comunidades, a fim de evitar que as pessoas procurem os postos de vacinação e saiam frustradas”, atesta Melo.
SES diz que repassou número de doses suficiente
Mas, conforme a SES, foram distribuídas mais doses para a segunda aplicação do que aquelas enviadas para a primeira. Dados da secretaria apontam a entrega de 1.647.470 doses da vacina Coronavac aos municípios gaúchos para aplicação da primeira dose em grupos prioritários. Para segundas doses, a SES repassou 1.650.580 doses aos municípios, a última distribuição está ocorrendo nesta quarta, dia 19.
“Matematicamente, portanto, o Estado distribuiu doses suficientes para completar o esquema vacinal de todos os gaúchos imunizados com a primeira dose da vacina Coronavac”, afirma a secretaria, por meio de nota.
E agora?
Para entender o problema e se há, realmente, falta de doses da CoronaVac, a Secretaria da Saúde fez orientações às prefeituras. A primeira delas é que os municípios apliquem as segundas doses da Coronavac recebidas nesta quarta tão logo seja possível para garantir a imunidade completa dos cidadãos. Depois disso, que informem todas as aplicações no SI-PNI (Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações).
De posse desses dados, a Secretaria da Saúde pode identificar se há falta de doses e, assim, realizar a redistribuição de doses entre municípios, se houverem registro de sobras.