A Prefeitura de Caxias do Sul, na Serra gaúcha, já registrou 57 incêndios em contêineres amarelos desde o início do ano. Só nesse final de semana houve três casos conforme a Codeca (Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul).
Esse contentor é utilizado para resíduos seletivos e estima-se que cada um custe em média R$ 1.200. Segundo a presidente da Codeca, Helen Machado, o município não dispõe de reposição para os contêineres queimados. “Não temos contêineres em nosso pátio para reposição destes vandalizados. Seriam necessários quase R$ 70 mil para comprar todos novos”, afirma.
Das 57 unidades incendiadas desde o início do ano, menos da metade destes contêineres, isto é, 23 unidades, foram repostos.
Outro problema causado por estes atos de vandalismo é a mistura entre o lixo orgânico e o da coleta seletiva. “As pessoas colocam todos resíduos no contêiner verde, misturando com o orgânico, por não haver o amarelo em frente às suas casas. Nós, que primamos pela sustentabilidade e já fomos referência em coleta seletiva no país, estamos à mercê dessas pessoas que depredam o patrimônio público”, diz a presidente.
As autoridades tentam entender a ocorrência dessas ações. Um levantamento da Codeca mostra que a maioria dos atos de vandalismo contra contêineres amarelos ocorrem no centro. Do total perdido até agora, 19 unidades ficavam nas quadras centrais.
Dos três atos de vandalismo do final de semana, por exemplo, um foi no centro da cidade. Os outros dois foram nos bairros São Pelegrino e São Leopoldo.