Seis policiais foram condenados pela Justiça de Jaguarão, na fronteira com o Uruguai. Eles foram condenados por tortura e coação contra cinco pessoas, incluindo um menor de idade, em setembro de 2015.
Na ocasião, os PM’s levaram as vítimas para uma chácara, lá elas foram agredidas até que revelassem quem foi responsável pelo roubo na residência de dois policiais do município. Para poder levar os torturados até o local do crime, que ficou conhecido como “chácara da porrada”, os condenados forjaram flagrantes, abusaram de autoridade, fizeram ameças por telefone e realizaram agressões com chutes, pontapés e coronhadas.
Já na chácara, os suspeitos pelo roubo foram agredidos com golpes com toras de madeiras, foram asfixiados, ameaçados de morte e um deles teve as roupas retiradas para ser agredido nu.
Foram condenados em regime fechado: Edison Fernandes Pinto (cinco anos e seis meses), Everton Radde (cinco anos e sete meses), Iara Luiza Vitória (cinco anos e seis meses), Osni Silva Freitas (cinco anos e sete meses), Rodrigo de Freitas Neumann (sete anos e um mês). Já o comparsa do grupo, Fabiano Miranda, foi condenado a três anos e seis meses, entretanto em regime aberto.
Os condenados também não vão poder ingressar no serviço público pelo dobro do período da condenação. As exceções são Júlio Júlio César e Osni Freitas, donos da residência, que já são aposentados.
A Promotoria de Justiça de Jaguarão pretende recorrer para o aumento das penas.
Cotidiano