Na tarde desta quinta-feira (5), os cerca de 1,3 mil caminhoneiros autônomos que estavam paralisados há mais de uma semana, aceitaram a proposta das transportadoras e vão retomar as atividades no Porto de Rio Grande, em Rio Grande, no Sul do RS. Depois de mais de dez reuniões, ambas partes entraram em acordo.
As empresas de transporte aceitaram as condições impostas pelos motoristas: utilização da tabela de frete, reajustada em 12% em fevereiro deste ano. Além disso, haverá 10% de reajuste para transporte de cargas em caminhões trucados, que são aqueles que carregam mais de 27 toneladas. Já quem transporta cargas químicas, passará a ganhar 12% a mais pelos fretes.
Conforme um levantamento da FIERGS (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), aproximadamente 5,3 mil contêineres estão parados desde o dia 28 de outubro, quando iniciou a greve. Os principais setores afetados são tabaco, carnes, automotivo, metalmecânico, alimentos, couro, calçados e cutelaria.
“Em plena época de crise, onde as empresas buscam saídas para evitar demissões, agora são obrigadas a paralisar as linhas de produção porque suas matérias-primas estão impedidas de chegar às fábricas ou suas vendas não conseguem sair do porto”, argumentou Heitor José Müller, presidente da FIERGS nessa quarta-feira (4), antes do término da paralisação.
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