O Ministério Público do Rio Grande do Sul deflagrou uma operação para investigar crime de corrupção passiva em Uruguaiana, na Fronteira Oeste. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência de um secretário do município e que foi vereador entre 2016 e 2020 e de uma assessora dele.
Conforme o MP, o vereador exigia parcela do salário de uma servidora, a chamada “rachadinha”. A investigação apurou que, à época em que atuava como vereador, o investigado solicitava de sua assessoria uma parcela do salário da servidora. O nome do investigado não foi divulgado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul.
A investigação descobriu que os valores deveriam ser reservados e, futuramente, entregue próximo das eleições. O motivo seria parecer uma doação eleitoral espontânea, de acordo com o Ministério Público.
A investigação foi conduzida pelo promotor de Justiça do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) – Núcleo Fronteira Oeste, Cláudio Rafael Morosin Rodrigues, e pelo promotor de Justiça de Uruguaiana Pablo da Silva Alfaro. Participou da operação e do cumprimento dos mandados de busca e apreensão o coordenador do Gaeco do MPRS, Ricardo Herbstrith, com o apoio da Brigada Militar.
Segundo os promotores, “o resultado da quebra do sigilo bancário dos investigados, aliado à prova testemunhal produzida, provou de maneira satisfatória a existência da prática da ‘rachadinha'”. Esse tipo de crime consistente na solicitação de parcela do salário de sua assessoria, inclusive como requisito para assunção e permanência no exercício do cargo.