Uma mulher e duas crianças, uma de dois e outra de sete anos, se afogaram e morreram nas águas da ilha de Lesbos, na Grécia após o naufrágio da embarcação clandestina que as levava para a Europa.
Segundo a Guarda Costeira do país, o barco transportava 63 imigrantes e acabou se chocando contra rochas devido às péssimas condições do mar neste domingo (25). Sete pessoas ainda estão desaparecidas, e outras 53 foram salvas.
O episódio reaviva a memória do menino sírio Aylan Kurdi, que, em setembro passado, foi encontrado morto em uma praia da Turquia após o bote em que estava com sua família afundar. A foto do pequeno deitado com o rosto na areia correu o mundo e tornou-se símbolo da pior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial.
Neste domingo, líderes de países da região dos Bálcãs, incluindo a Grécia, estão reunidos para encontrar uma maneira conjunta de lidar com a emergência. “Infelizmente, até hoje foi difícil encontrar uma solução porque várias nações adotaram a abordagem do ‘não no meu jardim'”, disse o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.
Ele fazia referência às recorrentes medidas de fechamento de fronteiras realizadas por Estados do leste europeu, como Hungria e Eslovênia. O intenso fluxo migratório que passa pela região começa no Oriente Médio, principalmente na Síria, e segue por Turquia, Grécia, Macedônia e Sérvia.
De lá, os solicitantes de refúgio tentavam entrar em território húngaro, mas, com o bloqueio da divisa por parte de Budapeste, eles passaram a seguir caminho rumo ao norte da Europa através de Croácia e Eslovênia.
Cotidiano