O governo de São Paulo e o Instituto Butantan anunciaram, nesta quarta-feira (10), uma nova pesquisa que comprova a eficiência da vacina Coronavac contra as novas variantes do coronavírus.
O estudo foi realizado em parceria com a Universidade de São Paulo, no Instituto de Ciências Biomédicas. O governo de São Paulo, no entanto, não apresentou detalhes da pesquisa científica em coletiva de imprensa.
De acordo com o Butantan, as vacinas compostas de vírus inativado, como a produzida pelo instituto, possuem todas as partes do vírus. Isso pode gerar uma resposta imune mais abrangente em relação ao que ocorre com outras vacinas que utilizam somente uma parte da proteína Spike (proteína utilizada pelo coronavírus para infectar as células).
“A vacina do Butantan tem essa vantagem em relação às demais, pois pode levar a uma proteção mais efetiva contra as variantes que apresentam mutação na proteína Spike”, afirmou Dimas Covas, diretor do Butantan.
Segundo Covas, a vacina CoronaVac é eficaz contra as três principais variantes do Sars-Cov-2 que circulam no país. Ele explicou ainda que a variante P.1, que é originária de Manaus e é considerada mais perigosa, é derivada da B.1.1.28, na qual foi verificada a eficácia da Coronavac.
A estimativa do Instituto Butantan é a de produzir até 14 milhões de doses a partir da matéria-prima e iniciar a distribuição ao Programa Nacional de Imunização até o final de março
O Rio Grande do Sul recebeu um novo lote de vacinas da CoronaVac na noite desta terça-feira (9). Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, as 187,8 mil doses serão destinadas para profissionais de saúde e para dar continuidade à vacinação de idosos.