Cotidiano

Prejuízos por conta de alagamentos no Tribunal de Justiça ultrapassam R$ 1 milhão


Os danos causados pelo temporal que atingiu Porto Alegre na semana passada, aliados à falha no sistema de bombeamento do DEP (Departamento de Esgotos Pluviais) da Prefeitura da Capital, resultaram em prejuízos de R$ 1 milhão ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. O prédio-sede do Poder Judiciário gaúcho foi inundado, tendo atingidas suas instalações técnicas, equipamentos, serviços de informática e de telefonia.
Desde a quinta-feira passada (15), equipes de engenharia e de segurança trabalharam para que os trabalhos possam ser retomados na próxima segunda-feira, 26 de outubro.

Funcionamento

O pavimento térreo do TJ está localizado em nível inferior ao das Avenidas Borges de Medeiros e Aureliano de Figueiredo Pinto, porém, conta com sistema de bombas submersas que executam o serviço de drenagem interna, sempre que a vazão do esgoto pluvial aumenta.
No entanto, quando as vias do entorno alagam com grande intensidade, em razão do não-funcionamento da estação de bombeamento do DEP, os sistemas de bombas do TJ trabalham afogados, ou seja, o volume de água retirado é reposto imediatamente pela entrada das águas acumuladas no entorno do terreno, levando o sistema à falhar e, por consequência, não conseguir retirar a água acumulada.

Danos

Com o temporal da noite da quarta-feira anterior (14), o nível das águas, em função do não acionamento das bombas do DEP, chegou a 1,20m de altura em alguns compartimentos, desativando, inclusive, os geradores, deixando o prédio do Judiciário sem energia elétrica.
A subestação foi atingida e os quatro transformadores tiveram perda total. A central térmica de climatização do prédio ficou submersa sob 1,5m de água e lodo, sendo atingidos seus conjuntos de 12 moto-bombas, quatro resfriadores de líquido, além de diversos quadros elétricos de alimentação e comando. Com isso, a comunicação do Tribunal de Justiça (rede lógica) com todo o Estado foi interrompida.
Foram alugados três transformadores e um gerador e, também, contratada empresa especializada em operar equipamentos com média tensão de energia, que fez a retirada dos transformadores danificados e instalou as máquinas locadas. Um laudo definirá se os transformadores antigos serão recuperados ou se o órgão  terá que comprar novos equipamentos.
Os oito elevadores que atendem ao nível térreo da edificação tiveram seus poços totalmente submersos, sendo atingidos seus sensores eletrônicos de segurança de fundo de poço, amortecedores, polias e cabos de compensação, bem como contrapesos. Outros quatro elevadores não foram danificados e já estão operando.