Num dia de volatilidade no mercado financeiro, o dólar zerou a queda acumulada até o início da tarde e terminou com leve baixa. A bolsa de valores chegou a superar os 120 mil pontos em boa parte da sessão, mas reverteu os ganhos e fechou com perdas.
O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (8) vendido a R$ 5,373, com recuo de R$ 0,011 (0,21%). A divisa chegou a cair para R$ 5,30 na mínima do dia, por volta das 14h, mas não sustentou o ritmo de queda após declarações dos presidentes da Câmara e do Senado sobre um eventual retorno do auxílio emergencial.
O mercado de ações também teve reversão de expectativas. O índice Ibovespa, da B3, fechou a sessão aos 119.696 pontos, com recuo de 0,45%. O indicador aproximou-se dos 121 mil pontos na máxima do dia, por volta das 12h45, mas recuou a partir das 15h, até encerrar em queda.
Pela manhã, o dólar caía e a bolsa subia após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anunciar que pautará o projeto de autonomia do Banco Central (BC) para amanhã (9) e dizer que encaminhará a proposta de reforma administrativa à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. O clima, no entanto, mudou durante a tarde, com a indefinição sobre o retorno do auxílio emergencial.
Durante a tarde, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que não se pode condicionar a recriação do benefício a reformas que compensariam o aumento de despesas. Também à tarde, o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou existir um acordo com Lira e o presidente Jair Bolsonaro para uma nova rodada do auxílio.