A Justiça aceitou na tarde desta sexta-feira (11) a denúncia contra dois acusados de envolvimento no sequestro de uma médica na cidade de Erechim. Tamires Regina da Silva Gemelli Mignoni foi sequestrada no mês de outubro deste ano. Ela foi liberada do cativeiro em uma operação policial cinco dias após seu desaparecimento.
A médica ginecologista, de 30 anos, foi raptada no dia 16 de outubro, quando saía de um posto de saúde na cidade do Norte gaúcho. A unidade de saúde fica no bairro Aldo Airoli. Conforme a Polícia Civil, Tamires saía do trabalho na unidade de saúde de Erechim, quando foi abordada por um casal.
A decisão é do juiz de Direito Marcos Luís Agostini, da 1ª Vara Criminal do Foro de Erechim, que aceitou a denúncia do Ministério Público. O magistrado afirma que “há prova da existência do fato imputado e indícios de autoria em relação aos denunciados, conforme prova produzida no inquérito policial, que inclusive implicou na decretação da prisão preventiva dos mesmos”.
Os denunciados têm agora prazo de 10 dias para responderem à acusação.
Sequestradores queriam resgate milionário
Durante o sequestro, os bandidos pediam R$ 2 milhões de resgate. Por causa do crime, o pai da médica deixou de fazer campanha para sua reeleição. Tamires foi levada de Erechim até o Paraná logo após seu rapto. Ela ficou cerca de 130 horas em poder dos criminosos, no que é considerado um dos maiores sequestros do estado paranaense.
O cercamento eletrônico das cidades por onde os sequestradores passaram foi decisivo para o resgate. A partir dos dados obtidos, os policiais conseguiram identificar os veículos usados pelos bandidos. E, depois, chegar aos criminosos que estavam fazendo a médica refém.