Cotidiano

Variedade de culturas impulsiona sonho de vitórias de Pia Sundhage

A seleção brasileira de futebol feminino volta a campo na noite da próxima terça-feira (1), a partir das 21h30 (horário de Brasília), no Morumbi, para enfrentar o Equador. Depois de golear o rival sul-americano por 6 a 0 na Neo Química Arena, na última sexta-feira (27), o time comandado pela técnica sueca Pia Sundhage enfrenta novamente as rivais do continente para fechar a temporada.

O amistoso será o 13º jogo da treinadora à frente da equipe brasileira. Até o momento, são sete vitórias, quatro empates e uma derrota. São 32 gols marcados e apenas cinco sofridos.

Além da qualidade da equipe dentro de campo, a técnica europeia destaca a integração e a diversidade da comissão técnica formada por três suecos e seis brasileiros. Em novembro, o nórdico Anders Johansson foi o mais novo membro a se integrar ao grupo diretivo da seleção, que já conta com as conterrâneas Pia Sundhage e Lilie Persson.

Pia considera que esta pode ser a fórmula do sucesso nos Jogos Olímpicos de 2021: “Se olhar ao meu redor, tenho mais membros da comissão técnica aqui do que tinha quando era técnica dos Estados Unidos. Isso é muito bom. Podemos fazer um trabalho muito melhor”.

O que a técnica bicampeã olímpica com os Estados Unidos quer implementar no Brasil é encontrar uma mescla perfeita entre a organização tática sueca e a criatividade brasileira: “Adoro diversidade! Vim para cá sozinha, e sabia que seria muito importante para dar meu melhor se tivesse pessoas boas com quem pudesse trabalhar. Estou muito contente com esse grupo”, declara a treinadora.

Novo integrante

O sueco Anders Johansson, 53 anos, já foi técnico da equipe feminina do Malmö e do Djurgården e era o comandante da equipe sub-19 do país europeu antes de vir para o Brasil. Nas temporadas de 2004 e 2005 treinou a meia Formiga na Suécia, e é especialista na organização do setor de defensivo. “Agora somos três da Suécia. Temos essa coisa de organização e experiência na análise de vídeos. Mas não fica só nisso. A equipe é diversa. Eu sou mais velha, mas temos jovens, homens, mulheres, suecos e brasileiros, e essa diversidade nos deixa dinâmicos. Acredito que essa é uma fórmula que pode nos tornar vitoriosos”, diz Pia.

A chegada de Anders vai colaborar principalmente no ajuste dos detalhes. “Há um longo caminho pela frente para chegar bem na Olimpíada principalmente quando se fala de velocidade de jogo, finalização e qualidade de passes. Ritmo, ângulo, quem vai fazer os passes, o momento de fazê-los. Acho que fazemos um bom trabalho até agora. Mas ainda precisamos melhorar. E toda a comissão disciplinar vai ajudar muito”, conclui.