Cotidiano

Barroso: e-Título tem falhas, mas serve bem para identificar eleitor

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, voltou a comentar hoje (15) sobre as falhas no aplicativo e-Título, que apresenta instabilidades desde cedo. O ministro afirmou que, para seu objetivo principal, de identificar o eleitor, a ferramenta tem funcionado muito bem.

Barroso admitiu que o aplicativo da Justiça Eleitoral apresentou instabilidade em dois serviços: o que informa qual a seção eleitoral e o que permite a justificativa no dia da eleição para o eleitor que se encontra fora do domicílio eleitoral.

Nas redes sociais, avolumam-se reclamações, sobretudo, de eleitores que não conseguem justificar a ausência às urnas. Pela manhã, Barroso chegou a dizer que o problema teria ocorrido porque, “numa característica brasileira”, muitos haviam deixado para baixar o aplicativo de última hora.

À tarde, em entrevista coletiva na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Barroso negou ter empurrado a culpa para o eleitor e reconheceu que “o sistema tinha que estar preparado para atender todos agora”.

Segundo ele, a capacidade do sistema ficou comprometida devido às medidas de segurança adicionais que foram tomadas após o ataque que no início do mês derrubou todos os sistemas do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Barroso lembrou que a justificativa por meio do aplicativo era uma funcionalidade nova, criada em razão da pandemia do novo coronavírus, e que quem não conseguiu utilizá-la ainda teve a opção do método usual: comparecer a qualquer seção eleitoral fora de seu domicílio. “Felizmente não está havendo aglomeração”, disse o ministro.

Quem não conseguiu fazer a justificativa neste domingo ainda tem 60 dias, a contar de amanhã (16), para apresentar um Requerimento de Justificativa Eleitoral (RJE), o que pode ser feito pela internet ou presencialmente em alguma na zona eleitoral.

Segundo dados da Justiça Eleitoral, 400 mil pessoas conseguiram fazer a justificativa pelo app e-Título até cerca de 9h. Horas mais tarde, às 15h, o número havia ido para 561 mil.