O delegado Moacir Fermino foi condenado pela Justiça a seis anos dois meses e 17 dias de reclusão por conta da investigação sobre o caso de duas crianças encontradas esquartejadas em Novo Hamburgo.
Ele determinou a prisão de cinco pessoas pela suposta realização de um ritual satânico durante o esquartejamento de duas crianças em setembro de 2017.
Conforme decisão do juiz Ricardo Carneiro Duarte, Fermino cometeu os crimes de falsidade ideológica e corrupção de testemunhas ao inventar o desfecho do caso.
À época, Fermino substituiu o delegado que liderava as investigações dos fatos. Em coletiva de imprensa, ele afirmou que as mortes das crianças tinham relação com um ritual satânico.
Durante a investigação, sete pessoas chegaram a ser indiciadas. Cinco delas foram presas, e, depois, soltas. Mais tarde, essa versão foi desmentida pela própria polícia.
Conforme a denúncia do Ministério Público, Fermino inseriu declarações falsas em relatórios e também prometeu a quatro pessoas a inserção no programa estadual de testemunhas, o que lhes garantiria casa, comida e remuneração, para que fizessem afirmação falsa, em depoimento.
Informante
Um informante de Fermino, também denunciado pelo Ministério Público, foi condenado a quatro anos, dois meses e 12 dias de reclusão, com pena inicial no regime semiaberto.
Segundo o Ministério Público, ele foi considerado culpado pelo crime de corrupção ativa de testemunhas.
O Ministério Público também denunciou um inspetor de polícia, mas ele foi absolvido.