Durante reunião entre o Conselho Nacional de Secretários de Saúde e a equipe de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, nesta quarta-feira (14), foi apresentado o planejamento nacional para a vacinação contra a covid-19.
“Estamos com boas perspectivas de que, em 2021, teremos vacinas para imunizar os gaúchos que se enquadram nos grupos de risco para a doença”, afirmou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
“O Ministério está bem organizado e apresentou um plano de execução bastante objetivo. A vacina será gratuita e terá distribuição igualitária”, disse.
Segundo o secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, todas as vacinas consideradas seguras, eficazes, que tiverem preço justo e forem aprovadas pela Anvisa poderão ser adquiridas pelo Programa Nacional de Imunização.
Neste primeiro momento, porém, as tratativas estão mais avançadas com o laboratório AstraZeneca, responsável pelo desenvolvimento da vacina de Oxford (Reino Unido), e pelo consórcio internacional Covax Facility.
A expectativa é de aplicação de 100 milhões de doses já no primeiro semestre de 2021 e mais 110 milhões no segundo semestre.
Na segunda fase, as vacinas distribuídas deverão ser produzidas em território nacional pelo laboratório de Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
O Ministério da Saúde informou que outros nove desenvolvedores de vacinas manifestaram interesse em negociar com o governo brasileiro. “Entre eles laboratórios de países como China, Estados Unidos, Rússia, Bélgica, França e Áustria.”
Segundo Franco, o ministério tem investido na melhoria de parques tecnológicos, como a Fiocruz e o Butantan, para fortalecer o Programa Nacional de Imunização e ampliar a capacidade de produção nacional.