A chefe da diplomacia europeia apelou nesta sábado (10) à Turquia para que se “mantenha unida” contra os terroristas e outras ameaças, após um atentado contra movimentos da oposição ao governo que provocou, pelo menos, 95 mortos e 246 feridos, em Ancara.
As explosões ocorreram de manhã, perto da principal estação ferroviária de Ancara, onde iria começar uma manifestação pela paz, convocada por movimentos de oposição ao governo.
O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, também condenou o ataque, que ocorreu algumas horas antes de um desfile a favor da paz, e reiterou a União da Aliança Atlântica contra o Terrorismo.
“Condeno veementemente o atentado terrorista no centro de Ancara, que matou e feriu dezenas de pessoas”, disse o representante da Otan. Para ele, não há nenhuma justificativa para um atentado como esse, contra pessoas que desfilavam pela paz”.
Luto e condenações ao atentado
O governo conservador turco decidiu decretar três dias de luto nacional, após o atentado terrorista em Ancara, anunciou o primeiro-ministro, Ahmet Davutoglu. Em entrevista na capital turca, Davutoglu adiantou que o atentado foi cometido provavelmente por dois homens-bomba.
O atentado foi condenado pelo presidente turco, Recep Erdogan, pela chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, pelo presidente francês, François Hollande, e pelo primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, que enviaram condolências às famílias das vítimas.
O governo norte-americano também condenou o ataque, que classificou de “horrível”. As explosões hoje em Ancara estão entre as mais violentas dos últimos 33 anos na Turquia.