As Empresas Randon fecharam o primeiro semestre de 2020 alcançando a receita líquida de R$ 2,1 bilhões, desempenho importante para os negócios da companhia em meio aos desafios do cenário da pandemia de Covid-19. Ainda nos primeiros seis meses do ano, a empresa alcançou EBITDA consolidado de R$ 261 milhões, com margem EBITDA de 12,4%.
Já em relação aos resultados do segundo trimestre de 2020, as Empresas Randon registraram receita líquida consolidada de R$ 933 milhões, redução de 28% em comparação ao mesmo período de 2019, e EBITDA consolidado de R$ 154 milhões, 24% inferior ao segundo trimestre do ano anterior. Os números refletem as dificuldades enfrentadas pelo setor automotivo, que, desde 1957, não registrava um mês com produção tão baixa como em abril de 2020. De acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus apresentou queda entre 85% e 99% em comparação ao mês de abril de 2019.
Segundo o CFO das Empresas Randon, Paulo Prignolato, abril foi o período mais afetado, principalmente em razão da paralisação completa de alguns setores. Nesse contexto, a organização realizou movimentos importantes para preservar e reforçar o seu caixa, ações que trouxeram resultados para a melhora dos negócios da companhia. “Ainda que os números do segundo trimestre de 2020 tenham sido aquém do planejado para o ano, foram melhores do que se esperava no início da pandemia”, salienta Prignolato.
O desempenho favorável, segundo a empresa, foi impulsionado pela retomada de alguns segmentos, que se iniciou no mês de maio. O agronegócio foi o principal deles, se beneficiando da safra recorde, do aumento da demanda por grãos no exterior e do câmbio favorável. Além disso, diz a empresa, a exposição ao mercado de reposição e as vendas ao exterior também foram fundamentais para a Divisão Autopeças, nesse momento em que as montadoras de caminhões reduziram a demanda consideravelmente. Para completar, as Empresas Randon têm a contribuição positiva de um modelo diversificado de negócio, que abrange diferentes setores econômicos, geografias e amplo portfólio de produtos, fatores que trazem resiliência aos negócios em momentos adversos de mercado, acreditam seus administradores.
De acordo com o CEO das Empresas Randon, Daniel Randon, no segundo trimestre, a companhia reforçou seus protocolos de segurança para proteger a saúde dos colaboradores e dos seus familiares e enfatizou as ações para assegurar a continuidade das operações. “Mais do que nunca, em razão do cenário que estamos vivendo, estabelecemos como prioridade cuidar das pessoas e da sociedade. Entendemos que o momento é para cada um fazer a sua parte, e, para isso, a empresa contribuiu com ações e doações junto às comunidades. Para os próximos meses, seguiremos com o mesmo foco, não medindo esforços para garantir a segurança das equipes e a sustentabilidade da economia local e global”, destaca Randon.
Além disso, a atuação colaborativa e a solidariedade em prol da comunidade foram dois pontos que ficaram ainda mais evidentes dentro da companhia. Por meio de parcerias com entidades, universidade, governo e iniciativa privada, a empresa realizou doações de itens necessários para este momento, como respiradores de alta qualidade, máscaras e óculos de proteção, álcool em gel, peças para a fabricação de ventiladores pulmonares, testes rápidos e alimentos.
Novos mercados
Ao longo do primeiro semestre, a companhia realizou importantes movimentos para a ampliação de seus negócios. Além da aproximação das empresas Castertech e Fras-le com novos clientes no exterior, a Suspensys também firmou parceria com a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO), ingressando no Consórcio Modular mantido pela montadora. A operação ocorrerá dentro do complexo industrial da VWCO em Resende, no Rio de Janeiro, onde a Suspensys ficará responsável pela pré-montagem de suspensões pneumáticas para os caminhões e ônibus da Volkswagen.
Investimentos
No segundo trimestre de 2020, foram investidos R$ 29 milhões, com destaque para o projeto de modernização da estamparia da Randon Implementos e para a expansão de capacidade da controlada indireta Fremax. No semestre, os investimentos orgânicos somaram aproximadamente R$ 59 milhões, e foram feitos principalmente para manutenção e ganhos de produtividade.