O secretário de Transportes do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy, preso nesta quinta-feira (6) durante a Operação Dardanários, da Polícia Federal, na capital paulista, pediu licença de 30 dias do cargo. Segundo o governo do estado de São Paulo, o secretário afasta-se da administração estadual para se concentrar exclusivamente em sua defesa.
“À frente da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, Baldy retomou obras de mobilidade, garantiu a renovação da frota de ônibus intermunicipais e acelerou a construção de cinco estações do Metrô. Alexandre Baldy tem demonstrado competência, dedicação e postura idônea no exercício da sua função no governo de São Paulo”, diz nota do Palácio dos Bandeirantes.
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos passará a ser comandada temporariamente pelo secretário executivo, Paulo Galli. Alexandre Baldy foi, também, ministro do governo do ex-presidente Temer. Filiado ao Progressistas, ele ocupou a pasta das Cidades entre novembro de 2017 e dezembro de 2018.
De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), a Operação Dardanários é desdobramento das operações Fatura Exposta e SOS, que apuram desvios de recursos do estado do Rio de Janeiro repassados para a organização social Pró-Saúde, que administrou diversos hospitais no Rio de Janeiro e outras localidades do país.
O MPF informou que, a partir da colaboração premiada de ex-diretores da OS, foi possível concluir como era feito o pagamento de vantagens indevidas para agentes que pudessem interceder em favor dela nos recebimentos do contrato de gestão do Hospital de Urgência da Região Sudoeste, em Goiânia, administrado pela Pró-Saúde entre 2010 e 2017.