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Igrejinha contabiliza mais de 2 mil atingidos pela cheia do rio Paranhana

Ao menos 510 residências foram danificadas na cidade, conforme dados da Defesa Civil. Número de atingidos em todo o Estado saltou para cerca de 7.100.

Igrejinha, RS | 08.jun.2020 | Bairro XV de Novembro submerso pela cheia do Rio Paranhana. Foto: Corpo de Bombeiros Voluntários de Igrejinha

O município de Igrejinha contabiliza mais de 2.000 pessoas atingidas pela cheia do rio Paranhana. Os dados do município constam no último balanço da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, divulgado as 17h. Em todo o Estado, cerca de 7.100 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas em 30 municípios.

Conforme dados da Prefeitura de Igrejinha, pelo menos 51o residências tiveram algum tipo de dano. Também houve estragos em pavimentações de ruas, bueiros, ruas e margem do rio Paranhana. O total entre desabrigados e desalojados é de 2.007 pessoas.

Mas o principal prejuízo é o das famílias atingidas. Muitas perderam móveis, vestuário, alimentos, colchões, utensílios domésticos e outros pertences por causa da enchente. Uma parcela, porém, teve o alento de receber doações feitas pela comunidade, o que mitigou em parte os efeitos da cheia do Paranhana.

Além de Igrejinha, outras 29 cidades tiveram estragos causados pelas chuvas e pelo avanço do nível dos rios sobre áreas ribeirinhas. O segundo maior número de atingidos segue sendo em São Jerônimo, na região metropolitana, onde 1.200 pessoas estão em abrigos públicos. Os dados são da Defesa Civil estadual, que contabiliza os prejuízos causados pelas chuvas em 30 municípios gaúchos.

Outra cidade muito atingida é Roca Sales, no Vale do Taquari, onde 1.045 pessoas estão fora de suas habitações. Quarenta e cinco desabrigados estão no CRAS do município. Cerca de mil pessoas desalojadas estão em casas de amigos e familiares. Neste sábado, a Defesa Civil Estadual entregou 6 mil máscaras faciais, 120 cobertores, 156 tubos de álcool gel, 20 face shields, 200 pares de luvas, 150 unidades de sabão em barra e 300 sabonetes. Os itens serão entregues para a população alojada no abrigo.

Em São Sebastião do Caí, 435 casas foram destruídas pelas cheias, conforme a Defesa Civil. Ao menos 38 famílias – cerca de 160 pessoas – atingidas foram removidas para dois abrigos municipais. Os desalojados que haviam deixado suas casas retornaram na tarde de sexta-feira (10).

Quadro de cheia dos rios deve continuar

Conforme dados da Sala de Situação da SEMA (Secretaria Estadual do Meio Ambiente), o quadro de cheias das principais bacias hidrográficas do Estado deve continuar. Os rios Gravataí e do Sinos devem seguir em elevação nos próximos dias, em razão do escoamento da chuva dos últimos dias. Também há risco para a bacia do rio Uruguai.

Já o rio Jacuí apresentou, neste sábado, estabilidade e deve começar a reduzir a cota de cheia nos próximos dias. O Guaíba, que chegou aos 2,61 metros às 9h da manhã deste sábado, recuou. Medição da SEMA aponta nível de 2,58 metros.