Em entrevista a correspondentes, Dilma critica "conspiração" do PMDB

Em entrevista a veículos estrangeiros, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (19) que a defesa do impeachment feita pelo vice-presidente Michel Temer deve-se à impossibilidade do grupo do peemedebista ser eleito em uma eleição direta.
A petista voltou a dizer que o vice-presidente conspirou “de forma aberta” contra ela e ressaltou que os defensores de seu afastamento “estão vendendo terreno na Lua”, em uma referência às articulações entre PMDB e PSDB para a composição de uma nova equipe ministerial caso o impeachment seja aprovado.
“A conspiração se dá pelo fato que a única forma de chegar ao poder no Brasil é utilizando de métodos, transformando e ocultando o fato que esse processo de impeachment é uma tentativa de eleição indireta, de um grupo que de outra forma não teria acesso pelo único meio justificável, que é o voto direto”, criticou.

Curta nossa página no Facebooksiga no Twitter e receba nossas atualizações

A petista disse que vai resistir até o fim do processo com “honra” e “dignidade” e voltou a criticar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo ela, o peemedebista acolheu o pedido de impeachment como “vingança” e na teoria do “quanto pior, melhor” para o país.
“Ele tem um antecedente que não o abona como juiz de nada, mas como réu”, disse. Segundo ela, o processo de impeachment “não vai trazer estabilidade política ao país”, uma vez que rompe “a base da democracia”. “Eu acredito que, sem democracia, o Brasil não se transforma, não recupera sua capacidade de crescimento”, afirmou.