Cotidiano

Empresas devem usar protocolo para flexibilizar quarentena em SP

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou hoje (28) as exigências para que os setores da economia possam voltar a funcionar, com a flexibilização da quarentena em todo o estado. 

As associações dos diferentes ramos de atividade aptos a reabrir deverão apresentar protocolos que garantam a saúde de trabalhadores e clientes. 

“A gente já pode falar em uma retomada tranquila e gradual para que a gente possa retomar a atividade econômica aqui na cidade”, disse em entrevista coletiva transmitida pela internet.

Ontem (27), o governador de São Paulo, João Doria, anunciou o plano de flexibilização da quarentena em todo o estado. As cidades podem reabrir gradualmente o comércio e outras atividades, reduzindo o isolamento social, seguindo uma classificação estabelecida pelo governo. São cinco níveis, que vão desde o isolamento completo até o fim das restrições, de acordo com critérios que avaliam desde o estágio de transmissão do novo coronavírus no município até a disponibilidade de leitos em hospital.

A capital paulista foi classificada na fase 2, podendo, assim, retomar parte das atividades econômicas. De acordo com Covas, estão aptos para reabrir as concessionárias de veículos, empresas do ramo imobiliário, comércio e os shoppings centers. 

Esses setores deverão apresentar um planejamento, que inclui itens como a testagem dos funcionários, normas de higiene e regras de autorregulação para fiscalização. O prefeito também chamou atenção para que as empresas tomem medidas para evitar punir as trabalhadoras que precisam cuidar dos filhos, uma vez que as creches e escolas continuarão fechadas.

Os protocolos passarão a ser recebidos a partir da próxima segunda-feira (1º) e precisam ser aprovados pela Vigilância Sanitária municipal para que a abertura das empresas seja autorizada.

Quarentena continua

Na entrevista, o prefeito Bruno Covas pediu que a população continue a respeitar o isolamento social e use máscaras. Ele ressaltou que, caso a situação da cidade piore, pode haver regressão no plano de retomada. 

“Se os índices piorarem, a gente volta a ser classificado como município em região vermelha no estado de São Paulo e todos os setores que a gente fala em reabertura voltam a fechar”, garantiu.

Entre as medidas que estão sendo tomadas para manter a capital paulista dentro dos padrões exigidos pelo governo estadual figuram a abertura de dois novos hospitais e a reativação do Hospital Sorocabana, na zona oeste de cidade, fechado desde 2010. Assim, devem ser adicionados 300 novos leitos à rede municipal, sendo 100 deles em unidades de tratamento intensivo (UTI).

Atualmente, segundo Covas, 92% das vagas em UTIs da rede municipal de saúde estão ocupados. Ainda de acordo com o prefeito, desde 5 de maio a pandemia vem forçando a utilização de pelo menos 85% da capacidade das unidades de tratamento intensivo na cidade.

Até o momento, o coronavírus já causou 3.619 mortes confirmadas na cidade, além de outras 3.777 classificadas como suspeitas.